Caxias do Sul 21/11/2024

“Por que não se apropriar desse direito?”

Mercado Livre já alcança 88% do consumo de energia elétrica da indústria brasileira
Produzido por Fernando Ferro, 07/08/2024 às 09:15:37
Fernando Ferro, graduado em Eletrotécnica, Ciências Sociais e Gestão Empresarial, é sócio executivo comercial e de relacionamento da Mercatto Energia
Foto: Marta Rocha Fotografias/Divulgação

Por Fernando Ferro

Instituído em meados da década de 1990, o Mercado Livre de Energia Elétrica garantiu um ambiente competitivo de negociação desse insumo vital às empresas. Tamanho benefício em quase 30 anos, esse espaço de autonomia, com contratos mais acessíveis e previsíveis, propicia números expressivos, colocando o Brasil num patamar de modelo mundial quando o tema é o setor elétrico.

Atualmente, o Mercado Livre já alcança 40% do consumo de energia elétrica nacional, representado por 39 mil unidades consumidoras. Um detalhe chama a atenção: 88% da demanda industrial brasileira é abastecida hoje pelo Ambiente de Contratação Livre (ACL), em que os acordos são negociados livremente. A atividade fabril está no pódio do setor, seguida pelo comércio e serviços.

Com a abertura de possibilidades para empresas de menor porte (enquadradas no Grupo A - de média e alta tensão), via decreto, em janeiro de 2024, a expectativa é de que 25 mil novos consumidores jurídicos migrem para esse mercado neste ano. No entanto, há 75 mil clientes elegíveis a esse ambiente no país.

Um modelo para o mundo

Não há dúvidas: o mercado elétrico brasileiro amadureceu e hoje é um exemplo mundial, sustentável, com uma legislação séria. Atesto isso com meus 28 anos de atuação na área.

Temos um Sistema Interligado Nacional (SIN), que deixa o nosso setor flexível e propiciou a criação do Mercado Livre. Todas as usinas geradoras injetam energia elétrica na rede e esse volume é contabilizado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Com isso, as unidades consumidoras que possuem um transformador individual não precisam ficar atreladas à concessionária local para a compra de energia elétrica, embora ela seja a responsável pela distribuição (uso do fio, pelo qual cobra tarifa) na sua área de concessão.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é o principal agente, de ordem técnica, responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo planejamento da operação dos sistemas isolados do país, sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).


(Mercatto Energia/Divulgação)

O setor tende a crescer cada vez mais, exigindo inteligência de mercado, conhecimento, habilidades e mais faculdades. No futuro, o assunto poderá chegar ao consumidor residencial (baixa tensão), mas ainda há muitas interrogações no ar. Uma delas diz respeito à eventual necessidade de troca de medidores e sobre quem recairia a responsabilidade pela medição de todas as unidades consumidoras.

Uma lei a favor do empresariado

A despeito de toda a regulamentação e das vantagens do Mercado Livre, em alguns momentos, temos dificuldades de convencer o empresariado de que há uma lei a seu favor, e que ele não precisa fazer qualquer investimento para se beneficiar desse setor, com economia na fatura de até 40%.

A partir do momento em que esse consumidor jurídico usufrui desse direito, entra em cena a habilidade de consultorias, como a nossa, que estão prestando serviço em busca do melhor preço, da melhor janela de oportunidades, dos melhores contratos, com olhar a longo prazo.

O segmento elétrico está dando certo da maneira como vem sendo executado. Da forma como a sociedade vem se envolvendo, até porque, uma conta de energia elétrica dói no bolso.

Um consumidor de baixa tensão não tem potencial de Mercado Livre, mas temos a responsabilidade, como agentes do setor elétrico, de compartilhar com ele o nosso conhecimento. Podemos demonstrar como ele pode mudar o comportamento para minimizar os gastos na fatura de energia elétrica.

Já no Mercado Livre, o empresário sai de um ambiente ansioso, sem ter controle do valor da conta de energia, e se desloca para um ambiente técnico, norteado por relacionamentos. Contudo, há quem ainda comprometa o próprio negócio por falta de estratégias e por ter receio em relação a adquirir energia elétrica do Mercado Livre.

É preciso conhecimento, porque existem indexadores, movimentos da tarifa da distribuidora, tendências de preços da energia no mercado. Temos a obrigação de fazer com que o projeto do cliente se perpetue. Há consumidores conosco com mais de 10 anos de contratos.

O consumidor precisa conhecer seus direitos. Os benefícios vão além do preço. Trata-se de gestão energética e relacionamento com os elos da cadeia, incluindo a distribuidora. O Mercado Livre passa a impressão de que há ruptura de relacionamento com a distribuidora local, e isso é uma inverdade.

Energia de fontes incentivadas

A energia elétrica pode ser a convencional ou a alternativa incentivada. A energia oriunda de fontes convencionais (centrais hidrelétricas e termoelétricas) causa maiores impactos ambientais (devido a aspectos como área de alagamento) e, por isso, não é portadora legal do mecanismo que dá desconto no uso do fio.

Já no Mercado Livre, ao utilizar energia solar, eólica (da força dos ventos), de biomassa (processo de queima de casca de arroz, por exemplo) e de pequenas centrais hidrelétricas, o consumidor usufrui do incentivo de dedução no uso do fio. Existe energia que pode propiciar 100% de desconto na TUSD (Tarifa doUsodo Sistema deDistribuição), permanecendo apenas os encargos para a manutenção do setor elétrico.

Dessa forma, o empresariado estará acessando uma energia alternativa e ainda fomentando esse mercado. Por isso, ela é incentivada. O gerador de energia elétrica também ganha desconto para conectar a usina. Bandeiras tarifárias não existem no Mercado Livre.

A política energética nacional promove a livre concorrência no Mercado Livre, com preços que oscilam dependendo de fatores climáticos (chuvas são importantes para manter os reservatórios das hidrelétricas), e utiliza fontes alternativas de energia elétrica. O preço é travado e a economia é cumulativa de anos. Os acordos bilaterais são de longo prazo (via de regra, superiores a cinco anos).


(Mercatto Energia/Divulgação)

Então, deixo uma pergunta e uma reflexão a você, industrial, lojista ou executivo ainda receoso com o assunto em questão: por que não se apropriar desse direito, migrando ao Mercado Livre de Energia Elétrica, colhendo benefícios sem investimentos? Certamente, esse custo está entre os principais de sua empresa, ao lado de matéria-prima e folha de pessoal.

Não deixe de olhar ao que pode ser determinante para a competitividade do seu empreendimento e perpetuação a médio e longo prazo. Conte conosco!

Assista vídeo do executivo sobre o tema clicando AQUI


Fernando Ferro, graduado em Eletrotécnica, Ciências Sociais e Gestão Empresarial, é sócio executivo comercial e de relacionamento da Mercatto Energia, a mais antiga comercializadora independente de energia elétrica do Rio Grande do Sul, especializada no Mercado Livre de Energia, com sede em Farroupilha, escritório em São Paulo e atuação nacional.

Site: https://www.mercattoenergia.com.br/

Mercatto Energia

A Mercatto Energia é uma empresa gaúcha referência no Mercado Livre de Energia Elétrica, comercializando energia, prestando consultoria e representando os clientes junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que é o órgão regulador do mercado.

Matriz em Farroupilha - RS

Localizada em: Centro Comercial Dona Ruth

Endereço: Rua Ângelo Antonelo, nº 93 - 10º andar – Centro.

Telefone: (54) 3412-1120


Escritório de SP

Endereço: Avenida Santo Amaro, 1.047, Sala 1905 (Ed. The Villa Nova Conceição) - Vila Nova Conceição

E-mail: comercial@mercattoenergia.com.br

Site: https://www.mercattoenergia.com.br/

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