Não é nenhuma novidade que cada vez mais diferentes serviços possam ser realizados via internet. E com a situação de enfrentamento à pandemia do coronavírus, isso se tornou a alternativa mais viável para as pessoas. Ou seja, apesar da Covid-19 ser um problema sério e global, tem apontado vícios na dinâmica da comunidade e, por isso, a urgente necessidade de adaptação a meios digitais.
A certificação digital é considerada um mecanismo que cumpre com muitas dessas demandas. Pois diversos serviços necessitam de uma assinatura eletrônica para serem viabilizados de forma segura e de qualquer lugar que tenha acesso à internet. Negociações das mais distintas, como aquelas viabilizadas em cartórios de notas, bancos e outras tantas, como a própria emissão de notas fiscais eletrônicas dos cada vez mais numerosos MEIs.
De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), houve aumento na emissão de certificados digitais. Foram 516.951 mil documentos em junho, o que equivale a uma alta de 25,1%, se comparado com o mesmo período de 2019. E a justificativa para este crescimento é a possibilidade de emitir o certificado digital pela internet, por meio de videoconferência. Ou seja, sem a necessidade de se locomover.
É lógico que o estímulo à abertura de CNPJs para o oferecimento de serviços vem aumentando. Afinal, as pessoas têm apelado para todas as formas de trabalho para se manterem ativas no mercado. E para que elas operem nas normas atuais, é preciso a assinatura eletrônica, viabilizada pelo certificado digital. Conforme o mesmo balanço do ITI, 53,8% dos certificados em uso no país são de pessoas jurídicas, enquanto 45,9% de pessoas físicas. É importante pontuar que muitos trâmites burocráticos são possibilitados pelo e-CPF também.
Aqui em Caxias do Sul, a AR Master Sul, que faz a emissão e renovação dos certificados digitais por meio da Certisign, Autoridade Certificadora, registrou crescimento consecutivo do serviço via videoconferência nos últimos três meses de atuação. Em junho, o percentual da empresa atingiu 66% de alta na modalidade virtual, o que equivale a 22% dos documentos emitidos em 2020. Então, estimamos que, após a pandemia, teremos em média 40% dos atendimentos feitos por videoconferência. Pois o próprio ITI apresenta a expectativa de que, ao longo do ano, 6,3 milhões de novos certificados digitais sejam emitidos no país.
Ou seja, é um processo de atendimento que veio para ficar. Hoje atendemos pessoas que podem estar em qualquer local, basta ter acesso à internet e a um smartphone e pronto: você tem um certificado digital, que funciona como RG no ambiente virtual e possui validade jurídica para assinar documentos. Além, é claro, da redução de custos, da autenticidade e da confidencialidade desse registro.
Diogo Fernando Boff é sócio-proprietário da empresa AR Master Sul.
atendimento01@armastersul.com