A pandemia alterou os processos na maioria dos ambientes corporativos, sobretudo nas empresas que adotaram home office como rotina. O atual cenário das relações de trabalho, principalmente por causa do home office, é um campo em reconstrução, pois o tradicional aperto de mão, o olho no olho, foram substituídos pela tecnologia.
A impessoalidade ganha espaço nas relações interpessoais. Mesmo que tenhamos as melhoras ferramentas de tecnologia, a melhor internet, os melhores aplicativos, as relações interpessoais estão fragilizadas pelo distanciamento, e isso é potencializado como a aplicação do home office em tempo integral.
Os gestores hoje estão com mais responsabilidades no que tange à liderança de equipe, e é preciso encontrar um equilíbrio nessa nova gestão. Agora é necessário enxergar no funcionário o que antes se fazia presencialmente num aperto de mão, num olhar pelo corredor, ou até mesmo numa conversa para um café.
Os gestores precisam estar atentos às ações de seus subordinados, adequar-se ao cenário. É preciso não apenas estar atento se as metas estão sendo cumpridas, mas também na saúde do colaborador, tanto física quanto psíquica, ou emocional, esse é o equilíbrio.
É primordial que esse gestor tenha consciência de que, ocasionalmente, o seu colaborador precisa apenas ser ouvido, e que a ampliação de habilidades em comunicação, como empatia, saber ouvir e falar, precisa estar na mente do todos os envolvidos no ambiente corporativo. Gestores e colaboradores precisam refletir sobre as habilidades de comunicação.
Esse período de distanciamento exige isso: qualidades como empatia, saber ouvir... Atributos que são fundamentais para o bom exercício dos relacionamentos sadios e genuínos. Se ambos trabalharem no sentido de interagir cada vez mais esses pontos, não tenho dúvida de que o resultado será de melhores relações e mais produção corporativa.
Para a aplicação dessas novas relações e adaptações, o ideal não são reuniões formais, que são necessárias e fundamentais, mas que os ambientes corporativos disponibilizem cada vez mais espaços informais nas agendas para eventos, reuniões e grupos de discussões para interações.
Dessa maneira, vejo que os relacionamentos podem ser menos prejudicados pelo distanciamento do home office, e entendo que, enquanto gestores, precisamos tirar o peso de certas formalidades, e essas ações também podem ser aplicadas com clientes, é o que eu indico e enfatizo de acordo com a minha experiência no setor.
Fabio Teodoro Tolfo Ribas é docente dos cursos de Tecnologia em Recursos Humanos, Gestão Comercial e Logística da FSG
