Proposta de reorganização das letras conforme o critério quantitativo, para fins de dicionários, enciclopédias e listas em geral.
Corpus para a obtenção dos dados: “Automatizar não é deixar de lado a conexão humana” (Cláudia Andrade, leia AQUI) e “A marca cultural do empreendedorismo” (Pozenato, leia AQUI), textos publicados neste portal.
Resultado do cálculo:
A – 928
B – 50
C – 327
D – 358
E – 842
F – 69
G – 76
H – 53
I – 463
J – 17
K – 2
L – 166
M – 314
N – 365
O – 645
P – 173
Q – 59
R – 398
S – 524
T – 316
U – 236
V – 88
W – 4
X – 34
Y – 0
Z – 30
Portanto, conforme o critério quantitativo, deveríamos organizar as letras assim: A, E, O, S, I, R, N, D, C, T, M, U, P, L, V, G, F, Q, H, B, X, Z, J, W, K, Y.
Em vez de abecedário, chamaríamos de aeosário.
Em vez de alfabeto, chamaríamos de alfaépsilon.
Uma simples lista de chamada na escola teria a seguinte configuração:
Angélica, Emília, Olívia, Selma, Ivana, Raquel, Nádia, Dioneia, Cecília, Tânia, Marta, Úrsula, Paloma, Loredana, Violeta, Glicínia, Francisca, Quitéria, Hilda, Bárbara, Xênia, Zenaide, Joana, Walda, Karina, Yolanda.
Perguntas-hipóteses: não seria este também um critério qualitativo para a organização das letras e listas? Não seria este um critério menos arbitrário? Será que uma reorganização da ordem das letras não poderia acarretar outras reorganizações no mundo e na vida humana?
Fica o convite para a ampliação da pesquisa, começando pela análise de outros trabalhos sobre esse assunto. Em seguida, seria importante testar as hipóteses e o método aqui expostos com um corpus maior, abrangendo os demais países da língua chamada portuguesa e quem sabe também alguma língua relevante.
Paulo Damin é escritor, professor e tradutor em Caxias do Sul.
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