Caxias do Sul 27/12/2024

Ônibus elétricos desenvolvidos no Brasil chegam às ruas do país

Em 2024, veículos fabricados com tecnologia e mão de obra nacional passam a circular em Porto Alegre
Produzido por João Paulo Pohl Ledur, 10/01/2024 às 20:32:30
João Paulo Pohl Ledur é Diretor de Estratégia e Transformação Digital da Marcopolo
Foto: Divulgação Marcopolo

Registros históricos apontam que, em meados de 1890, o químico William Morrison já aplicava o armazenamento de energia em baterias para a movimentação de um vagão de trem para transporte de pessoas. Ao longo desses mais de 130 anos, o desenvolvimento de veículos eletrificados, principalmente para o uso coletivo no transporte de passageiros, ganhou mais visibilidade, respaldado pela tendência mundial de descarbonização automotiva.

Quando transpomos toda aplicabilidade dos primeiros estudos de eletrificação veicular para os dias de hoje, conseguimos compreender o quanto a tecnologia avança e ajuda a popularizar o uso desse transporte. Como é o caso dos ônibus elétricos, que têm em Caxias do Sul uma das principais fontes de produção do Brasil e América Latina.

Trazer os eletrificados para o dia a dia da sociedade brasileira é um trabalho que envolve muitos estudos e demonstrações, para que as operadoras e órgãos públicos tenham embasamento prático para a compra desses veículos. Uma das apresentações dos ônibus elétricos, com chassi e carroceria produzidos em solo caxiense, resultou na compra feita por operadoras da cidade de Porto Alegre (RS), com previsão de atendimento à população em 2024.

Paralelamente ao investimento de Porto Alegre, o mercado segue em fase de ampliação de recursos para criar soluções direcionadas ao transporte de passageiros mais sustentáveis. A Marcopolo, por exemplo, anunciou recentemente R$ 50 milhões para fabricar o ônibus elétrico da companhia na cidade de São Mateus, no Espírito Santo. Com o valor, a companhia amplia e moderniza a sua produção e se torna ainda mais competitiva no segmento de eletrificação dos meios de transportes de passageiros.

Com isso, concluo com entusiasmo e confiança que o futuro da mobilidade passa pelas mãos da engenharia nacional. Por conhecermos bem as características do nosso país, a indústria nacional está pronta para desenvolver soluções totalmente alinhadas aos desafios da mobilidade sustentável, sem deixar de lado questões essenciais, como o conforto e a segurança dos passageiros.

João Paulo Pohl Ledur é Diretor de Estratégia e Transformação Digital da Marcopolo