O questionamento que sempre marca o mês de janeiro, no que diz respeito a investimentos, ganhou ainda mais força este ano, após um 2020 marcado pelo início de uma pandemia mundial que acabou por deixar cicatrizes que levarão alguns anos para serem curadas nas economias globais.
Mas, quando olhamos para o mercado financeiro brasileiro, vemos que nem tudo foi negativo. Pelo contrário. Vimos, pela primeira vez na História, o número de investidores na Bolsa crescer em meio a uma crise, demonstrando um amadurecimento do brasileiro no entendimento desse mercado, permitindo inclusive que uma leva de investidores novatos alcançasse resultados relevantes.
O que explica esse movimento é o fato de a taxa de juros ter alcançado o menor patamar da História, a inflação se mantendo em níveis considerados baixos e a velocidade da retomada da economia estar sendo muito maior do que se imaginava. Somado ao fato de muitas empresas terem tido uma queda expressiva no preço de suas ações, especialmente no mês de março, muitas delas ficando bem abaixo do seu valor patrimonial, simplesmente por dúvidas do impacto da pandemia.
Isso fez com que o investidor que possuía alguma liquidez aproveitasse essas oportunidades em empresas com fundamentos muito sólidos e números consistentes de crescimento ao longo de anos.
Para 2021, é consenso entre os analistas de mercado que a classe de renda variável nacional deve ser o grande destaque, uma vez que, em 2020, em função da pandemia, a Bolsa brasileira avançou apenas 2,92% frustrando as expectativas dos analistas que aguardavam um ano de crescimento consistente.
Claro que, para que essa previsão se concretize, é necessário que a agenda de reformas, concessões e privatizações seja cumprida, pois, com o capital privado, será possível dar mais velocidade ao crescimento do país em conjunto com a diminuição do custo da máquina pública, liberando mais recursos para investir em áreas prioritárias para desenvolvimento do país e do mercado de capitais como um todo.
Cassiano Konig é assessor de investimentos da GT Capital
Para saber:A GT Capital foi criada em setembro de 2017, em Porto Alegre, com o objetivo de prestar assessoria de investimentos para que clientes de alta renda e private concretizem objetivos com segurança e tranquilidade nos investimentos. Mesmo em meio à pandemia, a empresa cresceu e abriu dois novos escritórios: em Caxias do Sul e em Londrina (PR). A GT Capital é vinculada à Guide Investimentos e, em 2019, foi reconhecida pela corretora em duas categorias do Guia Vencedor: “Melhor Escritório”, entre mais de 140, e “Melhor Assessor” para o profissional Rodrigo Azevedo.