Já passou o tempo em que o papel do arquiteto se resumia a planejar a criação de projetos de casas, edifícios, escolas, hospitais e demais espaços de convivência.
Questões importantes na contemporaneidade como sustentabilidade, energias renováveis e patrimônio histórico fizeram com que o profissional se tornasse corresponsável pelo planejamento urbano e aspectos de qualidade de vida. Tópicos como escolha de material ecológico, iluminação adequada com menor consumo energético e instalações hidráulicas passaram a fazer parte do portfólio.
A Associação Sala de Arquitetos, que completa 25 anos de atuação em 2023, quer, cada vez mais, além de servir como vitrine para seus associados, contribuir com projetos e necessidades ligadas ao poder público e à comunidade, visto que é fundamental tratar com responsabilidade essas demandas para a construção de um espaço melhor para todos.
Um exemplo disso são os encontros junto à administração pública envolvendo tópicos como o complexo da Maesa, que integra o patrimônio cultural de Caxias do Sul e é tombado desde 2015. No fim de fevereiro, teve início o processo de consulta pública sobre a sua ocupação e, desde então, os debates sobre o tema estão cada vez mais intensos. Quanto mais olharmos para essa importante herança, que está inscrita na história da cidade, maiores serão as chances de colocá-la à disposição da sociedade.
A Sala de Arquitetos acredita, fomenta e apoia o projeto de ocupação apresentado, desenvolvido por profissionais habilitados, inclusive por arquitetos, para que a preservação e o uso de um acervo cultural dessa magnitude sejam consolidados e implantados.
Ressaltamos sempre a importância do olhar de um especialista, que faz uso de soluções criativas, históricas, culturais e tendo conhecimentos prévios sobre os impactos urbanos e ambientais. Os projetos têm sempre o objetivo de oferecer conforto e funcionalidade aos usuários.
Gabriela Meletti é presidente da Associação Sala de Arquitetos.
