A construção civil desempenha um papel importante na economia do Brasil, contribuindo de várias maneiras. Ela gera empregos diretos e indiretos, absorvendo mão de obra em diferentes segmentos, desde a construção de moradias até a infraestrutura pública e privada. Além disso, a indústria da construção impulsiona a demanda por materiais de construção, equipamentos e serviços relacionados.
É um setor crucial para o crescimento econômico, uma vez que está ligado a investimentos em infraestrutura, como estradas, pontes, saneamento básico e energia. Esses investimentos podem melhorar a conectividade e a qualidade de vida da população, além de estimular outros setores da economia, como o comércio e a indústria de materiais. Não apenas contribui diretamente para o Produto Interno Bruto (PIB) do país, mas também desempenha um papel fundamental no desenvolvimento social e econômico, influenciando vários outros setores da economia brasileira.
A indústria da construção civil brasileira enfrenta desafios há vários anos, com períodos de altos e baixos. A crise econômica global de 2008 teve impacto no setor, mas houve momentos de recuperação nos anos seguintes. No entanto, desde meados da década de 2010, o setor tem passado por uma crise mais persistente devido a fatores como instabilidade política, escândalos de corrupção, queda nos investimentos e retração econômica.
A crise se agravou ainda mais com a pandemia de Covid-19 em 2020, que impactou significativamente a atividade construtiva. Portanto, pode-se dizer que a crise na construção civil brasileira é um desafio de longa data, com diferentes fatores contribuindo para sua persistência ao longo dos anos.
Em junho deste ano, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) foi de 0,39%, subindo 0,03 ponto percentual em relação a maio (0,36%). O acumulado nos últimos doze meses foi de 4,82%, resultado bem abaixo dos 6,13% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.
As expectativas para a retomada da construção civil brasileira dependem de vários fatores, mas as projeções avaliam que a indústria da construção civil deverá obter um crescimento de 2,5% em 2023.
Os motivos para essa projeção são a recuperação econômica do Brasil, os investimentos em infraestrutura, as reformas regulatórias e o avanço de projetos de habitação e obras públicas, além da desaceleração dos custos dos materiais e o ânimo do mercado após a pandemia. No entanto, a superação dos desafios enfrentados pelo setor, como a burocracia e a falta de financiamento, será crucial para uma retomada sólida e sustentável.
Aos empreendedores da construção civil digo: vocês são os construtores de sonhos, os artesãos da inovação e os arquitetos do futuro. Em meio aos desafios e obstáculos, lembrem-se de que cada tijolo colocado e cada projeto concluído são testemunhos do seu comprometimento e dedicação.
A jornada pode ser árdua, mas cada passo que vocês dão é uma contribuição para o crescimento da nossa nação e o aprimoramento das nossas cidades. Continuem a construir com paixão, inovação e qualidade, e lembrem-se de que cada desafio superado é um degrau na escada do sucesso. O futuro está em suas mãos, e o progresso que vocês impulsionam é um legado duradouro. Avante, construtores de sonhos.
Aline Ribeiro Babetzki é advogada de empresas desde 2003 e sócia-fundadora do escritório Aline Ribeiro Advocacia Empresarial.