No DESPERTAR do bebê, tão natural surge o primeiro choro humano pela ação e reação dos pulmões ao primeiro suspiro. Em sua primeira dor, inicia ali a vida, sem diferenciação, pois o ato do NASCER lhe coube a partir do primeiro instante o direito de viver com naturalidade, mesmo que a natureza apresente diferentes características, sejam de sexo, cor, raça, medidas, entre outras, mas estas nada garantem atributos ou vantagens ao recém-nascido, pois pelos sentidos todos são iguais, do momento nascer ao contínuo CRESCER, desejosos de respiração, de alimentação e de repouso, afinal, carece suprir as necessidades essenciais e naturais da existência pela tão espontaneidade forma que surgem.
Bem-vindo ao viver naturalmente! Os sentidos passam a SURGIR e identificam-se num cenário do despertar das luzes, dos perfumes, dos gostos, dos ruídos e dos toques, numa condição para a natural sobrevivência de que tudo advém da natureza. Os esforços por esses sentidos provocam escolhas que, por intuição, desenvolvem habilidades pelo lado emocional ou também pelo lado racional para não serem mais tão iguais, ou seja, permitam-se surgir diferenciações por vivências e experiências, naturais ou artificiais, produzidas ou encontradas no percurso de caminhos, em diferentes ambientes, regiões ou climas do universo.
Ao DESENVOLVER a maturidade, com ela abrem-se os espaços para experienciar e prover escolhas que surgem como absolutas, convincentes e incontestáveis, que, por forças humanas, remetem a decisões assertivas ou, por fraquezas e desafios, a contestações e contrariedades. Algumas dessas forças ou fraquezas estacionam pela superficialidade do agir, travam diante de bloqueios, acusam medo e impedem a evolução dos movimentos naturais. Nesse sentido, os sonhos por conquistas são substituídos por pesadelos e os fracassos remetem a conflitos emocionais que impedem a essência natural humana e a expõe ao artificial ou para o elemento químico, para o formato em que os conceitos de avaliação e aprovação se tornam apenas visíveis em corpo físico e os processos biológicos vitais da existência se tornam limitados, arquivados e não mais perceptíveis aos sentidos.
Sem repressão e conflito emocional, a busca ajustada de viver pela naturalidade, a busca de compreender as fases e etapas da vida humana, de ACEITAR as adversidades, de usufruir da luz natural e do conforto que a natureza revela aos sentidos, de gerar pensamentos construtivos, de manter a calma e evitar o atropelo, de SUPORTAR e minimizar o sofrimento de dor, de encontrar por atos, palavras e exercícios. Isso irá proporcionar paz de espírito e sorrir, todos como recursos entre tantas práticas integrativas que devolvem ao ser humano o viver presente, o viver ajustado, o VIVER cada momento, absoluto e natural, em que cada batida do coração impulsiona ritmo e desempenho, sem sobrecarga, com estímulo frequente e com o ritmo da força dos pulmões, sem o choro natural ou choro artificial, sem a carência por necessidades ou excessos pela superficialidade , pois para aquele que nasce, ali surge a vida, desperta, digna e favorecida para o viver na naturalidade do SER humano.
Carla Todeschini Sasso é terapeuta holística, com atuação em Nova Bassano, na Serra Gaúcha
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