Há mais de um ano em isolamento social, medida adotada para combater a propagação do novo coronavírus, as pessoas foram forçadas a mudar seus hábitos na forma de trabalhar, estudar e se relacionar.
Privadas da convivência fora de casa e também de poderem frequentar a escola de forma presencial, muitas crianças vêm apresentando atraso na linguagem e na fala, entre outros problemas.
Diante dessa situação, desde o início da pandemia, tenho focado meus estudos e atendimentos para entender este fenômeno e poder auxiliar as crianças que vêm apresentando alterações em sua comunicação, atrasos na linguagem e na fala. Muitas são as causas que provocam esta situação.
As crianças diminuíram o contato com os amiguinhos, aumentaram o uso dos eletrônicos e diminuíram a comunicação horizontal, ou seja, com outras crianças. Porém, com o estímulo correto dos cuidadores e o auxílio de profissionais especializados, os pequenos apresentam melhora significativa.
É comum os pais não saberem quando procurar ajuda. Com três anos, por exemplo, é possível entender tudo que a criança fala, havendo erros gramaticais. Já aos cinco anos, fala frases completas e todos os sons da língua corretamente.
Também é importante ficar atento à audição e aos distúrbios de leitura e escrita. A consulta a um especialista é o mais recomendado para quem está com alguma dúvida.
Carla Dal’Alba é fonoaudióloga especialista em Motricidade Orofacial e no atendimento de crianças e adolescentes