Você já parou para prestar atenção em qual é o seu sentimento quando ingressa em um recinto? Alguns locais podem trazer alegria, memórias, outros podem causar intimidação ou desânimo... Isso ocorre porque os ambientes interferem diretamente no nosso comportamento e emoções.
Por isso, quando projetamos um espaço, precisamos levar esses fatores em consideração, juntamente com os objetivos das pessoas que irão ocupar a área. Assim, o que nos move é a busca pelo bem-estar do proprietário e, em casos de projetos comerciais, dos clientes que serão atendidos no local.
Para atingir tal objetivo, é possível lançar mão de elementos que promovam o sentimento de acolhimento e pertencimento, conferindo à sala comercial, consultório ou residência a atmosfera de “lar”, sem deixar de lado as exigências técnicas para a realização de cada atividade.
A inserção de elementos orgânicos como vegetação (própria para ambientes internos), detalhes em madeira, cascata de água artificial, uma generosa iluminação natural, além de tonalidades sóbrias nos móveis e paredes, auxilia os ocupantes do espaço a relaxarem e se sentirem mais à vontade.
Os projetos precisam ter o diferencial de uma arquitetura acolhedora e que contemple as nuances de cada púbico e espaço. O ambiente, assim, se torna peça-chave em um atendimento pessoalizado, promovendo um espaço leve, receptivo e agradável.
Claro que cada espaço é único e tem suas especificidades de acordo com a finalidade e com o perfil do público que será atendido nele. Contudo, independentemente dos fatores variáveis, é possível compreender que investir na composição do ambiente é também investir no bem-estar daqueles que irão ocupá-lo.
Bianca Mattana é arquiteta e urbanista.