Desde a pré-história, a necessidade de estar protegido acompanha a vida do homem. Se naquela época isso significava ter um abrigo, ao longo do transcurso dos tempos o que mudou, na essência, foi o conceito desse refúgio.
Ou seja, morar bem é uma preocupação que acompanha a própria trajetória do homem, hoje expressada pelo desejo de transformar casas em lares confortáveis, personalizados e funcionais, fazendo dessa função uma espécie de arte da qual o arquiteto é o seu artista.
Projetar o espaço que melhor se encaixa no perfil de cada família e filtrar as inúmeras informações hoje disponíveis no mercado da arquitetura faz parte das funções do profissional, que celebrou neste mês de dezembro (dia 15) o seu dia. A pandemia realçou a importância desse profissional para a sociedade.
As pessoas passaram a valorizar ainda mais o morar bem, além de trabalhar bem, e somos nós, da arquitetura, os responsáveis por traduzir isso, através das melhores ideias, interpretando o gosto do cliente e, a partir daí, construindo bons projetos, sempre pensando num bom custo-benefício.
Com a profusão de possibilidades em materiais voltados à arquitetura e à decoração nos tempos atuais, passando também por conceitos e estilos, se intensificou a importância de escolher um arquiteto qualificado – e, claro, de o profissional cada vez se qualificar mais para atender a essa necessidade. É fundamental, portanto, ter um arquiteto para escolher melhor, entender melhor e saber filtrar, porque hoje temos de tudo, então, esse discernimento é muito importante.
E equilibrar tudo isso com a obrigação de se levar em conta o orçamento disponível para cada trabalho é um verdadeiro desafio para que possamos corresponder à expectativa do cliente. Algo que, com a pandemia e os constantes aumentos de preços dos produtos, criou-se uma série de obstáculos – ao mesmo tempo que também tornou esse equilíbrio ainda mais necessário.
Nosso trabalho, portanto, precisou balancear os valores que as pessoas podiam arcar, mantendo a qualidade dos materiais e dos serviços. Ficou bastante difícil de trabalhar, independentemente de dispor dos recursos necessários ou não, pois precisamos pagar o valor justo pelo que consumimos.
Cristina Mioranza é arquiteta chefe da C2 Arquitetos