Não houve um interlocutor sequer com quem eu tenha conversado nos últimos anos que não se encantou com a história de Caxias do Sul e da Metalúrgica Abramo Eberle SA (MAESA).
Tenho visitado a cidade e cultivado relações com muitos caxienses desde 2016. O grande motivador de tais encontros e reflexões foi a MAESA, de modo que, a cada retorno para São Paulo, em todas as oportunidades que tive nesses últimos anos, peço alguns minutos de atenção para as pessoas que conheço, na vida pessoal e profissional, para falar de Caxias do Sul e da MAESA.
Esse exercício foi gradualmente revelador da potência que é Caxias do Sul, para mim e para meus interlocutores. Uma cidade com pouco mais de 130 anos, capital de uma região pujante e dinâmica, com universidades e gosto pela inovação, que, durante o século passado, adicionou à vocação agrícola o seu desenvolvimento industrial, produtores até hoje de muito orgulho para a cidade, sede de empresas globais do metalmecânico, assim como um território onde há uma vasta cadeia de suprimentos do segmento.
Caxias do Sul aproveitou as oportunidades do século XX e este, em função da ética de trabalho e apetite ao risco dos caxienses, devolveu-lhe prosperidade.
A revitalização da MAESA é a oportunidade para que os fiadores do contínuo desenvolvimento da cidade no século XXI se manifestem e exerçam sua liderança. É a hora e a oportunidade para que cada visionário e visionária de Caxias do Sul preste sua justa homenagem a Abramo Eberle, contribuindo para que os estudos de viabilidade da futura PPP, que estão apenas começando, capturem suas visões, recebam seu apoio e impulso, para que não haja a mínima chance de que a revitalização da MAESA deixe de se concretizar até 2024. Todos seremos cobrados no caso do eventual insucesso da revitalização da MAESA, inclusive por pais, mães, avós, avôs, bisavós e bisavôs que fizeram sua parte no século XX.
Passados muitos anos desde 2014, quando houve a publicação da lei estadual que permitiu a doação da antiga MAESA para Caxias do Sul, é chegada a hora de que todo caxiense que se sinta responsável pela cidade no século XXI faça a sua parte, impulsionando e contribuindo decisivamente, para que o projeto avance com a qualidade e resolutividade que a cidade merece. A revitalização da MAESA não é apenas uma política pública e não é apenas um negócio qualquer, mas sim um legado dos que hoje estão vivos para as futuras gerações.
Em nossa visão, a revitalização da MAESA é o grande marco e a maior plataforma consolidadora das vocações econômicas, sociais e culturais de Caxias do Sul e da Serra Gaúcha no século XXI.
A Radar PPP, desde 2016, nutre relações de qualidade com a sociedade civil caxiense e, mais do que nunca, estamos abertos e motivados para participar decisivamente da história da cidade, por intermédio dos estudos de viabilidade da futura PPP da MAESA, conforme procedimento publicado pelo poder executivo do Município. Participamos recentemente do projeto de PPP do Cais Mauá, do Estado do Rio Grande do Sul, em que o grupo de consultorias que integramos foi contratado pelo BNDES em regime de competição. Estamos motivados e temos experiência para contribuir com a cidade. Entretanto, sem o apoio da sociedade civil, dos visionários e das visionárias de Caxias do Sul, teremos mais desafios para fazer a nossa parte.
Se seu destino, leitor ou leitora, é prestar uma homenagem ao Sr. Abramo Eberle, contribuindo para que seu legado siga gerando frutos para Caxias do Sul e a Serra Gaúcha no século XXI, a hora é agora: estamos ao dispor para ouvi-lo. No que depender de nós, todos os nomes daqueles que remarem junto conosco estarão escritos para sempre no painel de entrada da MAESA do futuro.
Bruno Pereira é cofundador da Radar PPP (acesse o site AQUI, consultoria que lidera um dos grupos habilitados pelo poder Executivo de Caxias do Sul a elaborar os estudos de viabilidade e ocupação da MAESA, no âmbito de futura concorrência pública de Parcerias Público-Privadas (PPPs).
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