Ele foi um dos segmentos mais afetados pela pandemia, por conta das restrições do distanciamento social. Sim, mas, passado o pior da crise da Covid-19, o ramo de ensino agora está otimista para o retorno das aulas em 2022.
Mesmo que a insegurança ainda exista devido ao aumento recente de casos do coronavírus em Caxias do Sul, empresas ligadas ao setor esperam incrementar as vendas nas próximas semanas.
Pesquisa inédita assinada pela CDL Caxias estima crescimento de 24,2% nas comercializações de materiais escolares, de 17,9% nas lojas de uniformes e de 12% na quantidade de alunos nos transportes escolares privados, em comparação com 2021.
“Os anos de 2020 e 2021 foram muito ruins para as empresas de produtos e serviços ligadas à área. O ensino remoto e a instabilidade no retorno presencial dos alunos acabaram prejudicando os estabelecimentos, que precisaram se reinventar e procurar outras alternativas. Um exemplo foram algumas lojas de uniformes escolares, que começaram a confeccionar modelos para empresas e consultórios”, destaca Carlos Alberto Cervieri, gerente Administrativo Financeiro da CDL Caxias.
Comerciantes dos segmentos de papelarias, livrarias e uniformes dizem que, apesar de terem observado uma boa movimentação nos meses de dezembro e janeiro, historicamente, as vendas se concentram em fevereiro e, em alguns casos, são intensificadas na proximidade da volta às aulas. Em 2022, o ano letivo nas escolas municipais da cidade está programado para iniciar em 18 de fevereiro.
Os lojistas de papelarias projetam um tíquete médio de R$ 197,14 por consumidor. Os preços dos artigos sofreram reajuste, pesando mais no bolso das famílias. Entre os produtos mais procurados estão itens solicitados pelos colégios, como caderno, lápis, borracha, caneta, tinta têmpera guache e pincel.
A venda das livrarias e papelarias só não é mais expressiva por existem muitos locais que vendem materiais escolares, como supermercados, bazar e atacados na praia.
Mais de 65% dos empresários disseram que estão fazendo promoções ou oferecendo descontos para atrair mais consumidores.
A expectativa é que o crescimento nas comercializações de uniformes escolares chegue a 17,9%, com tíquete médio de R$ 285.
"Identificamos uma redução no número de escolas que solicitaram a compra de uniformes. Neste ano, a prefeitura fornecerá as peças aos alunos da rede municipal, e, consequentemente, haverá uma diminuição de vendas nas empresas locais”, comenta o gerente Administrativo Financeiro da CDL Caxias.
A amostragem identificou que pouco mais de 40% das empresas dos segmentos de papelarias e livrarias, uniformes e transporte escolar afirmaram que precisaram demitir funcionários nos últimos dois anos em virtude da crise. Entretanto, devido à retomada das aulas, 62,5% dos participantes pretendem contratar ou já admitiram novos trabalhadores.