Caxias do Sul 23/11/2024

Setor moveleiro gaúcho fechará 2023 com faturamento de R$ 12 bilhões

Ano encerrará com saldo de empregos positivo, totalizando 36,9 mil vagas em 2,4 mil fábricas de móveis do RS
Produzido por Silvana Toazza, 12/12/2023 às 10:44:31
Setor moveleiro gaúcho fechará 2023 com faturamento de R$ 12 bilhões
Queda no poder de compra preocupa segmento
Foto: Augusto Tomasi, divulgação

Como está encerrando 2023 para o setor moveleiro gaúcho, cujo principal polo fica na região de Bento Gonçalves? A Movergs, entidade que representa o segmento, tem a resposta, e ela é positiva. A despeito dos desafios trazidos por 2023 - leia-se inflação, queda no varejo e no poder de compra, além de guerras internacionais -, as 2,4 mil indústrias de móveis do Rio Grande do Sul projetam faturamento em torno de R$ 12 bilhões até o final de 2023, com base em dados disponibilizados pela Secretaria da Fazenda (Sefaz).

A estimativa leva em consideração o montante já movimentado entre janeiro e outubro (R$ 11,57 bilhões), e o possível aumento das vendas após datas como Black Friday e Natal. Se confirmada, a projeção de faturamento representará aumento nominal de 4% em relação a 2022.

As exportações de móveis produzidos no Rio Grande do Sul poderão movimentar mais de US$ 250 milhões até o final de 2023 – desempenho parecido com o do ano anterior. Já o saldo de empregos tende a ser positivo, totalizando quase 36,9 mil vagas ocupadas, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

E 2024?

A Movergs pondera que ainda é cedo para fazer projeções, mas espera que o setor moveleiro cresça em 2024. Se os programas habitacionais do governo forem efetivos, há possibilidade de movimentar a economia e gerar crescimento na demanda do segmento de móveis.

A associação ressalta, porém, que esse movimento não pode ser isolado, pois entende a importância de que os juros se tornem mais competitivos, a economia cresça, o desemprego caia e a renda das famílias aumente. Além disso, lembra que o possível aumento de ICMS no Rio Grande do Sul pode impactar negativamente o setor como um todo, desde as vendas no varejo até a produção das indústrias, possivelmente causando retração e demissões.