Safra da uva é sinônimo de oportunidades extras na Serra Gaúcha, emoldurada por parreirais. Na Cooperativa Vinícola Garibaldi, o período da vindima, que se estende até o final de março, está oportunizando trabalho temporário a 52 pessoas. No verão, enquanto muitos estão na praia, na região é tempo de colheita já no raiar do sol. E, depois, de industrialização dos produtos.
A Garibaldi começou a receber os primeiros cachos de uva para processamento de sucos, vinhos e espumantes no início de janeiro. Precisou reforçar o time, abrindo vagas principalmente para as áreas de recebimento de uvas na cantina, setor que ganhou o reforço de 40 trabalhadores terceirizados. Os outros postos de trabalho foram destinados a estágios e contratações diretas. Esse é um movimento tradicional na cooperativa e, embora parte dos contratos seja provisória, há chances de os trabalhadores serem efetivados.
"Em muitos casos, essas contratações são oportunidades de conhecer e reter novos talentos para o quadro de colaboradores. Várias pessoas que trabalham hoje na Cooperativa Vinícola Garibaldi iniciaram como temporários/estagiários e depois foram efetivados", revela o presidente Oscar Ló.
Primeira experiência profissional numa vinícola
O enólogo Kalebe Gularte, 23 anos, está tendo sua primeira experiência profissional numa vinícola. Recém-formado, ele foi contratado temporariamente por três meses e está atuando na área de recebimento de uvas da Cooperativa Garibaldi.
"Através de um aplicativo, conectado a todo sistema da cooperativa, eu faço a análise fitossanitária da uva", comenta Gularte, também formado em Agronomia e Tecnologia em Agropecuária.
O trabalho é intenso. Apenas na semana passada, quando se iniciou o período de seu contrato, foram analisados cerca de 500 mil quilos de uva. "Está sendo uma oportunidade excelente", salienta o enólogo, que tem expectativa de desenvolver sua carreira na Serra Gaúcha, principal campo de atuação do setor no Brasil.