A portaria estadual que impede a prova de vestuários, sapatos e cosméticos pegou em cheio os setores de moda e beleza da Serra Gaúcha. A norma, inclusive, sugere o fechamento de provadores nesses estabelecimentos.
A presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Caxias, Idalice Manchini, empresária do ramo de moda feminina (Pole Modas), admitiu em uma rede social:
“É praticamente nula a compra nas lojas físicas sem a prova das peças de vestuário e calçados".
Após quase 30 dias de negócios fechados, por conta das medidas de isolamento contra o coronavírus, o comércio reabriu as portas na cidade desde a última sexta-feira (17) com as araras lotadas de peças da coleção outono-inverno, A esperança era de que, chegado o friozinho, as vendas pudessem aquecer gradativamente.
Porém, além do momento de restrição social, que faz com que o público limite a circulação pelo varejo, a norma que impede que roupas e calçados sejam provados representa mais um impeditivo para a reação do setor de vestuário. Algumas lojas driblam o momento com estratégias, mas fica difícil seduzir o consumidor num momento em que tudo parece conspirar contra.
Não há ânimo em adquirir uma roupa sem poder prová-la, ao menos que o consumidor necessite muito do produto. Questionado pelo site, o Sindilojas de Caxias informou que as peças compradas podem sim ser trocadas pelo consumidor, e possivelmente passarão por algum processo de desinfecção.
Fora isso, o contexto de incertezas em relação à manutenção de empregos e salários resfria ainda mais a possibilidade de se aventurar em compras não essenciais. A pergunta que fica (e a esperança também) é como será o movimento nas lojas para o Dia das Mães, em maio, considerada a segunda melhor data do ano para o setor, só atrás do Natal.
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