Na 11ª rodada preliminar do mapa de distanciamento controlado do Rio Grande do Sul, divulgada no final da tarde desta sexta-feira (17), a região de Caxias do Sul se mantém em bandeira vermelha, decisão que passa a valer na próxima terça-feira caso as prefeituras e a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) não consigam reverter a medida.
Os recursos precisam ser enviados até domingo ao governo do Estado e serão avaliados pelo Comitê de Crise na segunda-feira, mesmo dia em que o governador Eduardo Leite anunciará o mapa definitivo,
Se não houver recuo, a região de Caxias sofrerá as restrições mais severas impostas pela bandeira vermelha (risco alto) para inibir a contaminação pelo coronavírus.
Com isso, se a medida for mantida, pela segunda semana seguida, o comércio não essencial deverá ter atuação restrita, mantendo como exceção o atendimento pelo delivery, pague e leve e drive thru, com 25% das equipes, seguindo as reivindicações dos comerciantes já atendidas pelo governador Eduardo Leite.
Assim, de forma preliminar, o Rio Grande do Sul compreende 18 regiões com bandeira vermelha, 90% do Estado. A bandeira laranja vigora somente em duas regiões no sul do Estado, em Bagé e Pelotas. De um total de 497 municípios gaúchos, 469 estão classificados preliminarmente em bandeira vermelha. Isso soma 10.273.823 habitantes, de uma população gaúcha total de 11.329.605 habitantes (ou seja, 91% da população gaúcha está sob o risco alto da bandeira vermelha). Caxias do Sul confirmou nesta sexta-feira a 34ª morte pela Covid-19.
Cinco regiões gaúchas ficaram muito próximas de migrar para o risco altíssimo (bandeira preta): Taquara, Porto Alegre, Capão da Canoa, Novo Hamburgo e Canoas.
Com o fechamento de lojas, o comércio caxiense deixa de faturar R$ 3,3 milhões por dia, representando uma queda de 53% nas comercializações, aponta a CDL a partir de dados calculados com base nos números de arrecadação do ICMS.