O que pretendem os idosos, pessoas acima de 65 anos, que são considerados clientes em potenciais? Um terço deles têm como prioridade quitar as dívidas nos próximos dois anos.
É o que diagnosticou a pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise, em todas as capitais brasileiras. O estudo também identificou que 33% das pessoas na melhor idade pretendem aproveitar a vida com familiares. Já 25% almejam fazer um tratamento odontológico, 24% sinalizam o desejo de viajar pelo Brasil e 23% planejam trabalhar.
O resultado da pesquisa, associado ao número de pessoas idosas economicamente ativas, pode indicar redução dos números de inadimplência no município, aponta o coordenador de Tecnologia, Informação e Inovação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias do Sul, Cleber Figueredo. Pudera: a participação de pessoas com mais de 65 anos na base de devedores do SPC da cidade aumentou 25% nos últimos dois anos. Até agosto deste ano, 10% dos inadimplentes eram idosos.
“Se cruzarmos as informações relacionadas à vontade das pessoas acima de 65 anos recuperarem o crédito com os dados apurados pela CDL em nossa cidade, temos um cenário de otimismo quanto à redução das dívidas. Os idosos ficam mais tranquilos quando as contas estão em dia, se sentem mais seguros quando percebem que o dinheiro que ganham é suficiente para honrar seus pagamentos e viver bem”, explica o coordenador da CDL Caxias.
A saber: de janeiro a agosto, a média de valor em débito de pessoas acima dos 65 anos ultrapassava R$ 3,5 mil. O grupo também corresponde a 7,90% das dívidas em atraso no SPC de Caxias do Sul. Os bancos representam quase 53% da fatia de passivos, seguidos de serviços de comunicação (internet/telefonia) (16,78%), comércio (13,22%) e água e luz (11,42%).
“Quando analisada a inflação na saúde e cuidados pessoais, percebemos também essa oscilação na inadimplência dos idosos. Ou seja, no mês em que acontecem os maiores aumentos na inflação, nos 30 dias seguintes são registrados crescimentos mais expressivos na inadimplência”, explica Figueredo.