Fechado desde abril do ano passado, no início da pandemia da Covid-19, um dos mais emblemáticos hotéis da Região das Hortênsias ganha um novo capítulo em sua história de 43 anos.
O Laje de Pedra foi escolhido pela rede internacional Kempinski, referência em hospedagem de luxo no mundo, para sua estreia na América do Sul. A notícia acaba de ser comunicada e marca a chegada do mais antigo grupo de hotéis de luxo da Europa ao Brasil - fundado em Berlim em 1897 e com sede em Genebra (Suíça). Tem 78 propriedades icônicas em 34 países. A novidade insere Canela no circuito mundial do turismo de altíssimo poder aquisitivo.
O movimento ocorre a partir de parceria com a LDP Canela S/A, empresa que adquiriu o complexo hoteleiro, em anúncio feito em janeiro deste ano, do Grupo Habitasul, por R$ 52 milhões.
O propósito é "trazer esse ícone arquitetônico de volta à vida com o compromisso com a qualidade de primeira classe combinada com a elegância atemporal e posicioná-lo como um destino do mais alto nível. Esta é uma excelente oportunidade para ingressarmos no mercado sul-americano com um projeto excepcional", destaca Bernold Schroeder, CEO interino e presidente do Conselho de Administração da Kempinski Hotels.
Reestruturação e reabertura em 2024
A expectativa é que os novos hóspedes sejam recebidos no novo Kempinski Laje de Pedra em 2024. O plano de reestruturação do Laje de Pedra inclui uma importante remodelação e ampliação arquitetônica a fim de retomar sua posição de liderança na hotelaria de lazer do Brasil. Durante o anúncio nesta sexta (27), a cadeia hoteleira comunicou que pretende investir R$ 540 milhões para expansão e revitalização do Laje de Pedra, elevando o hotel ao padrão internacional de seis estrelas, com a geração de, pelo menos, 500 empregos diretos.
Em uma área total de 61 mil m², o hotel saltará para 357 apartamentos com tamanhos de 54m² a 290m². Entre as atrações estão 4 restaurantes e 5 bares internacionais com amplos terraços e vistas únicas, enoteca, rooftop bar com lareira aberta, teatro e área para eventos.
Os hóspedes encontrarão entretenimento e descanso na academia de 1 mil m², sofisticado spa de padrão europeu, Kids Club e piscinas aquecidas. Salas de reuniões e conferências, bem como o teatro do hotel, completam o projeto.
Experiências exclusivas junto à natureza, como roteiros de turismo ecológico, cavalgadas, brunch ao ar livre, visitas a vinícolas, integram os atrativos. A proposta do complexo Laje de Pedra é proporcionar um conjunto de experiências que valorizem as riquezas e culturas locais, incluindo a Orquestra Sinfônica Laje de Pedra, que deverá se apresentar ao ar livre. Será um cartão de visitas singular, tendo o Vale do Quilombo como moldura.
Residências privadas
Além da operação hoteleira, o Kempinski Laje de Pedra contará com residências privadas ultra premium servidas por todos os serviços de um hotel classe AA, incluindo a disponibilidade de mordomo, adega e garagem privativas individualmente fechadas para a segurança dos automóveis de luxo.
Outro método inovador é o serviço de intercâmbio de propriedades de altíssimo luxo ao qual o Kempinski Laje de Pedra estará afiliado, que permitirá aos proprietários utilizarem sua propriedade em Canela em troca de estadias em propriedades de igual padrão em regiões nobres e atraentes em mais de 90 países.
Uma parte das residências do Laje de Pedra será comercializada pelo regime de propriedade compartilhada, que permitirá que, por exemplo, alguns apartamentos tenham quatro coproprietários com o potencial de uso de 13 semanas ao ano cada, modelo já amplamente utilizado no compartilhamento de jatos executivos, helicópteros e lanchas no público de alta renda.
DNA alemão
A trajetória da Kempinski e do Hotel Laje de Pedra se cruzam desde a sua origem. Mesmo em continentes diferentes, os dois negócios carregam o DNA alemão e o respeito à história e às raízes. O complexo, construído em 1978, foi eleito seguidas vezes como o melhor hotel do Brasil, destino da elite econômica, cultural e política.
O hotel contará com projeto de arquitetura assinado pela Perkins & Will, paisagismo de Sergio Santana e decoração de Patricia Anastassiadis.
Cogita-se que a diária média seria de R$ 2,5 mil.