Por MARCOS FERNANDO KIRST
O que fazer sozinho enclausurado em casa, durante meses e meses de pandemia, restrição de contato social e proibição de espetáculos públicos que reúnam multidões? Bom, se em seu currículo figurar participação na mais importante banda de rock de todos os tempos, se você possuir em casa um estúdio de gravação de última geração, se você tiver sido agraciado com o título de Sir pela rainha da Inglaterra e se seu nome de batismo for James Paul McCartney, a resposta pra lá de óbvia seria “ora, essa, gravar um disco novo sozinho, com músicas compostas por mim mesmo, arranjos meus e tocando todos os instrumentos”!
Foi exatamente isso o que o eterno Beatle Paul McCartney decidiu fazer para espantar o tédio na quarentena, e brinda seu público com um presente de Natal, lançando o álbum “McCartney III”, trazido oficialmente à vida nesta sexta-feira, 18 de dezembro. É a terceira vez na sua longeva carreira musical, composta por 18 álbuns solo de estúdio (fora os gravados com os Beatles e com sua banda posterior, Wings), que ele entra sozinho em estúdio e sai de lá com um álbum feito por ele próprio, gravando todos os instrumentos.
"McCartney III", álbum fruto do talento do "eu sozinho"
O primeiro foi “McCartney”, lançado em 1970, após o fim dos Beatles. O segundo foi “McCartney II”, de 1980, após o fim dos Wings. Agora, chega o “McCartney III”, após o fim da picada que foi e segue sendo a pandemia do coronavírus.
A julgar pelas prévias audições feitas por este cronista, o velho Macca segue em forma, no alto de seus 78 anos de idade.
SENTE O SOM de duas das 11 faixas do novo álbum: