A maior parte da lista de artistas musicais da Mostra Tum Tum 9 já está definida. Nove atrações foram escolhidas por meio do edital de chamada pública lançado em junho e, a partir de agosto, estarão no palco da temporada deste ano. Estão previstos sete espetáculos, com o encerramento em março de 2023.
Os selecionados são Bate & Sopra (RS), Diego Jansen (URU), Ianaê Régia (RS), La Banda Flotante (URU), La Ventolera (URU), Muntchako (DF), Oderiê (RS), Quartchêto (RS) e Instrumental Picumã (RS). A escolha dos selecionados foi feita por uma equipe da produtora. Há 12 anos, a Tum Tum Produtora aproxima o público da Serra Gaúcha da música contemporânea, e a nona temporada será mais uma oportunidade para reforçar esse trabalho. A seleção contempla novidades e também músicos consagrados que seguem criando novos conteúdos e contribuindo para o desenvolvimento da música no continente.
As datas e locais dos shows serão divulgados em breve. A exemplo de outros anos, a entrada será gratuita, com a doação de dois quilos de alimento nas apresentações que acontecerem no teatro. Em mais de uma década de atuação, a Tum Tum já promoveu mais de 60 shows e reuniu um público superior a 30 mil pessoas. Neste ano, volta a ter a plateia presente em todos shows.
A nona temporada da Mostra Tum Tum é uma realização da Tum Tum Produtora e do SESC Fecomércio e tem recursos financiados via Lei de Incentivo à Cultura (LIC) estadual, por meio do Pró-Cultura RS, e via Lei de Incentivo à Cultura de Caxias do Sul.
OS SELECIONADOS
Bate & Sopra (RS)
A Bate & Sopra é um coletivo musical que atua com uma releitura do conceito de “fanfarra”, o Neofanfarrismo. Pode ser resumido como o toque conjunto de instrumentos de metal e percussão, em uma prática constante de ocupação do espaço urbano.
Diego Jansen (Uruguai)
Diego Janssen é um compositor que funde a tradição afro-uruguaia do candombe com jazz, rock progressivo, música latino-americana e world music. Criou um show de hombrebanda, em que faz loops com seu conjunto de guitarras, percussão e instrumentos virtuais ao vivo.
Ianaê Régia (RS)
Ianaê Régia é cantora de R&B Alternativo e tem como proposta despertar o groove interno do público. Em 2021, lançou os single-clipes “Edredom” e “Flerte”. Atualmente, a artista se dedica à produção do seu primeiro álbum, que tem lançamento previsto para 2022.
La Banda Flotante (Uruguai)
La Banda Flotante é um projeto musical que visa revalorizar ritmos regionais que têm influências das culturas africanas, como candombe e samba. A letra de The Floating Band abrange temas como o amor, a relevância da tradição e o respeito pela natureza.
La Ventolera (Uruguai)
La Ventolera é uma orquestra de marcha de candombe. Seu som original expressa a música de uma geração de artistas que levam o candombe a um novo lugar; um novo sentimento que resgata as origens do gênero e propõe um olhar atual sobre nossa música mais indígena. Trompetes, trombones, tubas, saxofones e tambores se unem para soar as músicas a partir de um repertório de composições próprias e versões requintadas.
Muntchako (DF)
A banda Muntchako passeia pelos ritmos da América Latina quente, da África mântrica, da Jamaica esfumaçada e dos bueiros na Amazônia equatorial. Os algoritmos da pista de dança marcam cada passo nessa jornada: batidas eletrônicas, sintetizadores e guitarras são misturados com orgânicos e muitos tambores.
Oderiê (RS)
Oderiê é indígena Chayúa, cantore, produtore musical, multiartista, não-binárie, que, através da música, ativa sua cultura e ancestralidade no presente para além do imaginário sobre o que é ser uma pessoa indígena em contexto urbano. Com ancestralidade em terras uruguaias, nascide na Serra Catarinense e radicade na Serra Gaúcha, se identifica como um corpo transfronteiriço, filhe do encontro das Pampas com Mata Atlântica, carregando as memórias de antes mesmo dos seus avós.
Quartchêto (RS)
O Quartchêto é um grupo instrumental que fomenta a música brasileira feita no Sul do Brasil. O grupo tem 20 anos de carreira e, individualmente, cada integrante agrega ao conjunto solidez profissional, vasta experiência e pluralidade. Nas composições, ritmos muito conhecidos e ouvidos no Rio Grande do Sul e países vizinhos ganham o sotaque do choro, do jazz, da música de concerto, do samba e de outros gêneros que somam e se transformam em uma linguagem artística de infinitas possibilidades.
Instrumental Picumã (RS)
O Instrumental Picumã tem a proposta de retratar a música regional gaúcha com influências e fusões de outras culturas vizinhas ao Rio Grande do Sul. Com
acordeon, violão, flauta, contrabaixo e percussão, busca valorizar a música regional agregando a sonoridade do choro, da bossa nova e dos ritmos latinos,
como candombe, salsa e chacarera, além do afro-brasileiro.