Nem mesmo o cenário de interrogações provocado pela pandemia do coronavírus arrefeceu os planos da Proamb, de Bento Gonçalves. Na contramão da onda de estagnação, a líder em soluções ambientais no Estado confirma a decisão de enfrentamento da crise pelo viés do crescimento.
Um investimento ousado, de R$ 11 milhões em obras e melhorias, garantirá a expansão dos serviços de duas unidades da empresa: a planta de coprocessamento, em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana, e a central de resíduos, em Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha.
Planta de coprocessamento
Desse aporte, a maior parte, R$ 7 milhões, será utilizada na planta de coprocessamento, em Nova Santa Rita, que transforma resíduos no combustível que será utilizado em fornos de cimenteiras. O produto elimina passivos ambientais e reduz o consumo de combustíveis fósseis.
Os recursos serão aplicados em estrutura como galpões e pátio, além de modernização de laboratório e aquisição de equipamentos – um triturador, uma prensa hidráulica contínua e um enfardador.
A expansão significará um ganho na capacidade produtiva de cerca de 40% – atualmente, são processados até 5 mil toneladas de resíduos por mês. Quando o sistema estiver pronto, os resíduos serão reduzidos a um tamanho de cerca de 50mm, sendo depois compactados por uma prensa até virarem um grande fardo e serem envelopados por um plástico filme.
Cada um desses volumes pesará cerca de 500 quilos, a serem acondicionados numa área que está sendo construída de 6 mil metros quadrados, totalmente impermeabilizada e segura. Até então, o material era produzido e expedido a granel, permanecendo na área de produção até ser carregado ao seu destino.
A inovação permitirá maior segurança na estocagem e redução em mais de 50% na frota de veículos pesados para o transporte.
Central de resíduos
Outra unidade de negócios da Proamb que está passando por expansão é a central de resíduos, em Pinto Bandeira. Estão sendo investidos cerca de R$ 4 milhões para aumentar em 100 mil metros cúbicos a capacidade de receber resíduos. Dessa forma, a vida útil do aterro ganhará fôlego para mais quatro anos de operação.
A obra inclui preparação do terreno, detonação de rochas, construção de pavilhão, impermeabilização natural e sintética e construção do sistema de drenagem. Hoje, a Central de Disposição de Resíduos recebe cerca de 5 mil metros cúbicos de material por mês. Após a ampliação, sua capacidade dobrará: a possibilidade é de receber até 10 mil metros cúbicos de resíduos a cada mês.
Esses movimentos conversam com a visão precursora da empresa na gestão ambiental no Sul do país:
"Acreditamos em ações no presente, com estudo de estratégia, para estarmos preparados para o futuro. Da mesma forma, também é uma manifestação de confiança na retomada dos negócios e da economia", diz o presidente da Proamb, Neri Basso.
