A caxiense Marcopolo, por meio de Fato Relevante divulgado nesta sexta-feira (2 de outubro) aos acionistas e ao mercado, comunica o encerramento das atividades de sua planta industrial localizada em Duque de Caxias (Rio de Janeiro).
A decisão foi aprovada pelo Conselho de Administração da fabricante de ônibus, com a extinção da produção na filial prevista para a partir de 30 de outubro de 2020.
Na nota, assinada por José Antonio Valiati, diretor de Relações com Investidores da Marcopolo, a justificativa é de que a decisão integra o processo de otimização de plantas e a adequação da capacidade fabril da companhia.
“A concentração das operações brasileiras em um número menor de fábricas vem contribuindo para a redução de custos e incremento da eficiência”, destaca.
O texto ainda informa que as melhorias operacionais alcançadas nos últimos anos permitirão que as plantas remanescentes tenham capacidade suficiente para absorver a recuperação de volumes à medida em que os mercados se regularizarem, em um cenário pós-pandemia.
Para entender: antes da pandemia, a fábrica da Marcopolo em Duque de Caxias (Rio de Janeiro) tinha entre 800 e mil funcionários. Parte deles vem sendo convidada a se transferir para a planta fabril da companhia localizada em São Mateus, no Espírito Santo.
O contexto: a demanda do mercado de ônibus foi afetada pelas medidas de restrição contra a Covid-19. Com isso, a Marcopolo já vinha estudando há meses a transferência da produção de ônibus urbanos do Rio de Janeiro para a planta localizada em São Mateus, no Espírito Santo, otimizando as estruturas e os custos operacionais.
Detalhe: o mercado brasileiro de ônibus retraiu 43% no segundo trimestre deste ano, por conta da pandemia, com impactos nos resultados da Marcopolo, maior fabricante de carrocerias de ônibus da América Latina e entre as maiores do mundo.