A caxiense Marcopolo canta pneus quando o assunto é a receita líquida consolidada no terceiro trimestre de 2023, que alcançou R$ 1,6 bilhão, acelerada de 6,5% na comparação com o mesmo período de 2022. Embora tenham sido fabricadas menos unidades de julho a setembro - 3 mil ônibus, 26,5% a menos do que no mesmo comparativo anual -, as vendas de veículos com maior valor agregado contribuíram para o desempenho da companhia. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31/10).
Se por um lado a retração no volume é justificada pela ausência de lotes significativos direcionados ao programa Caminho da Escola e pelos efeitos da transição da motorização Euro 5 para a tecnologia Euro 6, por outro, reflete a aposta significativa no segmento de rodoviários, sobretudo com o crescimento das vendas do modelo G8. O segmento de urbanos, que ao longo dos últimos 9 anos registrou baixa renovação, também voltou a investir em novos veículos para atender à retomada dos passageiros para o transporte público.
Maior valor agregado
“Tivemos um crescimento nas vendas de modelos com maior valor agregado, com veículos com mais opções de conforto e tecnologia, com destaque para a linha de rodoviários, além de urbanos pesados, com modelos articulados”, pontua José Antonio Valiati, diretor de Relações com Investidores da empresa.
O desempenho do terceiro trimestre resultou em um lucro bruto de R$ 371,5 milhões, com margem de 23%, avanço de 60% na comparação com o mesmo período do ano passado. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 208,6 milhões, com margem de 12,9%, contra R$ 90,5 milhões e margem de 6% no terceiro trimestre do ano passado.
Com fábricas nos cinco continentes, os veículos produzidos pela Marcopolo rodam nas estradas de mais de 100 países. Inovação marca o caminho da empresa, que está investindo no ônibus 100% elétrico.