POR MARCOS FERNANDO KIRST
"É com profunda tristeza que Sua Majestade a Rainha anuncia a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo". Com a divulgação desta nota oficial de pesar, na manhã desta sexta-feira, 9 de abril, a Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, anunciou o luto oficial que se abate sobre todo o Reino Unido, com a morte de seu esposo, aos 99 anos.
O Príncipe Philip completaria 100 anos de idade em junho. Em fevereiro deste ano, ele passou mal e foi levado a um hospital, onde acabou sendo submetido a uma cirurgia cardíaca. Recebeu alta em março e estava de volta ao Castelo de Windsor, no condado de Berkshire, onde morreu no início da manhã.
A união do Duque de Edimburgo com a Rainha Elizabeth II completou 73 anos. Eles se casaram em 1947, dois anos após o término da Segunda Guerra Mundial. Philip nasceu em 10 de junho de 1921 na ilha de Corfu, na Grécia, filho do príncipe André da Grécia e Dinamarca e da princesa Alice de Battenberg, que era inglesa e bisneta da Rainha Vitória (1819 – 1901), da Inglaterra.
O casamento real, em 1947 (Foto: Divulgação)
Em 1922, o então bebê Philip foi expulso da Grécia junto com seus pais, devido a um golpe de estado que depôs a monarquia naquele país. Dizem as lendas oficiais relativas à sua biografia que teria nascido em cima de uma mesa na cozinha da residência de seus pais, na ilha. Mais tarde, para fugir da convulsão política que sacudiu a Grécia, ele teria sido levado escondido dentro de uma caixa de laranjas até o navio que tiraria a família do país.
Depois de estudar em países como França, Escócia, Alemanha e Inglaterra, Philip ingressou na Marinha Real Britânica e serviu no Mediterrâneo e no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. Começou então a se corresponder por cartas com a Princesa Isabel, filha mais velha do então rei do Reino Unido, Jorge VI, herdeira do trono. Casaram-se em 20 de novembro de 1947 e Isabel tornou-se a Rainha Elizabeth II em 1952, com a morte do rei, seu pai.
Ao longo das décadas em que foi casado com a monarca britânica, manteve sempre uma postura discreta, à sombra da rainha-esposa, como convinha à sua posição de príncipe consorte. O que não o impediu de acumular gafes e equívocos em público, que acabaram se tornando sua marca registrada, angariando a simpatia dos súditos britânicos e de boa parte do planeta.
O funeral está marcado para o próximo sábado, dia 17, na Capela de São Jorge, localizada no Castelo de Windsor. Integrantes da família real, incluindo o Príncipe Charles, caminharão atrás do caixão e a Rainha Elizabeth II irá separadamente para a capela.