Ela já transportou milhares de passageiros e é um dos nove passeios mais procurados pelos turistas que viajam à Serra Gaúcha, segundo o site Melhores Destinos. A Maria Fumaça - Trem do Vinho, de Bento Gonçalves, mantém viva a cultura ferroviária de passageiros e completa, neste mês de junho, 30 anos de viagens.
A primeira vez que recebeu turistas foi em 5 de junho de 1993. A partir de então, só parou de percorrer os 23 quilômetros de trilhos entre Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa, em 2020, por pouco mais de dois meses, em função da pandemia. Com isso, a estimativa é de que a Maria Fumaça - Trem do Vinho já tenha percorrido 400 mil quilômetros, o que equivale a 10 voltas à Terra.
Apresentações musicais dão o tom do passeio (foto: Eduardo Fin)
Dentro e fora dos vagões, os atrativos que valorizam as culturas italiana e gaúcha são enaltecidos até os dias de hoje, por meio de apresentações artísticas e musicais, e a tradicional degustação de vinhos, sucos e espumantes produzidos na região.
O passeio Maria Fumaça - Trem do Vinho pode ser apreciado durante o ano todo, às quartas, sextas, sábados e domingos. Valores e horários variam nas altas e baixas temporadas. Informações e reservas no (54) 3455.2788 ou www.giordaniturismo.com.br.
Diversão é garantida aos turistas com uma viagem no tempo (foto: Eduardo Fin)
A Giordani Turismo tem 30 anos de atuação no segmento de turismo. Desde 1993 é a operadora oficial do passeio Maria Fumaça - Trem do Vinho. Empresa referência na preservação e disseminação da história e cultura local, também administra o Parque Cultural Epopeia Italiana, e oferece mais de 30 opções de roteiros, que contemplam variados atrativos da região, vendidos na própria agência (Bento Gonçalves) ou nas melhores agências e operadoras do Brasil. Usa sua expertise para a captação e operação de eventos de todos os segmentos, e grupos corporativos. Oferece agenciamento de hospedagens e receptivo com serviços de transfer.
Velocidade varia entre 20 e 30 km/h (foto: Zéto Telóken)
As locomotivas a vapor Mikado 156 (1941) e Jung 4 (1954) são as responsáveis por puxar o conjunto de vagões, que pode variar de seis a sete (conforme a demanda), que levam até 350 passageiros por viagem. Para estarem prontas para o passeio, elas precisam ser acesas, com lenha, 3 horas antes da primeira viagem, e durante o trajeto, o fogo é mantido por 900 quilos de briquete (serragem compactada) e 4 mil litros de água, captados de forma sustentável através de sistema pluvial construído pela Giordani. Se somados, a locomotiva e seis vagões pesam 260 toneladas.
Nova operação no Pampa
O ano que marca as três décadas do tradicional passeio da Maria Fumaça também deve deflagrar uma nova operação, agora na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, em Santana do Livramento, que faz divisa com a cidade uruguaia de Rivera. A direção da Giordani prevê que ainda em 2023 o “Trem do Pampa” inicie a operação, circulando por vinícolas como a Almadén, que conta com uma ampla estrutura de enoturismo e é de propriedade da Miolo Wine Group, com sede no Vale dos Vinhedos.
“Ainda não temos data, acreditamos que seja para este ano. No momento estamos concluindo a manutenção do trecho entre as estações de Santana do Livramento e Palomas, iniciamos a reforma da estação Santana. O VLT Prosper (Veículo Leve sobre Trilhos, desenvolvido pela caxiense Marcopolo), que transportará os visitantes no passeio, deve ir para a cidade em breve”, revela Cristiane Tomazini, gerente de marketing da Giordani Turismo.