O ingresso de quatro regiões do Rio Grande do Sul na bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado do governo gaúcho, desde segunda-feira, gerou contestação por parte de prefeitos e lideranças, que repudiaram os dados e apresentaram argumentos para não voltar a fechar lojas, academias, shoppings, além de reduzir os funcionários do setor produtivo.
Em pronunciamento feito no final da tarde desta terça-feira (16) pela internet, o governador Eduardo Leite voltou atrás e acolheu o pedido para o retorno à bandeira laranja para as regiões de Santa Maria e Santo Ângelo.
Já nas regiões de Uruguaiana e Caxias do Sul, em função de dados que sinalizam aumento de casos e de internações em hospitais, o governo optou por manter a bandeira vermelha. O que muda é que a bandeira não será imposta por 15 dias, mas atualizada semanalmente, podendo a região sair dessa condição em menos tempo.
"Não houve dados suficientes para que se alterasse a classificação. A região da Serra tinha estabilidade, e começa a perceber crescimento de internações em UTI por Covid-19", declara.
Outra novidade divulgada por Leite refere-se ao modelo de distanciamento, que passa a consolidar os dados na sexta-feira, passando a vigorar na terça-feira, dando tempo para argumentos e contraposições de prefeitos e entidades.
Será incluída uma nova etapa: o Gabinete de Crise se reunirá na segunda-feira de manhã para analisar os dados e decidir se o recurso é pertinente. No mesmo dia, à tarde, o governador fará o anúncio definitivo do mapa, cuja vigência será da terça até a segunda-feira posterior.
O governador reiterou que haverá sanções para prefeitos que descumprirem as regras impostas pelas bandeiras em seus municípios.
"Serão acionados judicialmente e os prefeitos serão responsabilizados", reforçou, dizendo que "manterá o dedo no pulso, pois tem um vírus circulando entre nós contra o qual não temos imunidade".