Empresas exportadoras e importadoras começam 2022 com uma preocupação extra. As mercadorias têm permanecido um tempo maior do que o normal nos portos, aeroportos, fronteiras e portos secos, acarretando custos de armazenagem e prejuízos à imagem das companhias, por conta dos reflexos da operação-padrão dos auditores fiscais, que reivindicam reposição salarial e melhores condições de trabalho.
A dor de cabeça motivou a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias a enviar uma correspondência endereçada à Superintendência Regional no Rio Grande do Sul e à Delegacia Regional da Receita Federal.
Celestino Oscar Loro, presidente da CIC de Caxias, pede solução urgente
Na carta, o presidente da entidade, Celestino Oscar Loro, manifestou a preocupação com os prejuízos, perda de prazo e comprometimento da credibilidade das empresas, em documento endossado por 24 presidentes de sindicatos patronais de Caxias do Sul e região.
Nas fronteiras e portos secos, em função da demora para a liberação das cargas, há filas de caminhões, o que gera custos de logística.
“A economia brasileira já está tão combalida em razão da pandemia, e essa situação impacta ainda mais no faturamento das empresas que dependem de maquinário ou de mercadorias importadas para comercializar no mercado interno ou no exterior”, avalia Loro.
Os atrasos na entrega de produtos incorrem em multas e perdas de clientes, principalmente no mercado externo, que é extremamente competitivo e no qual os prazos têm de ser cumpridos à risca.
“Precisamos que essa situação seja resolvida o mais breve possível para que o comércio internacional volte à normalidade”, sustentou.
A saber: também chamada de operação tartaruga, a operação-padrão consiste na fiscalização mais lenta provocada pelo reforço no rigor das atividades nas alfândegas.