Após quase 30 dias fechado, entre meados de março e abril, por conta das medidas de restrição contra o coronavírus, o comércio de Caxias do Sul (e de outros 48 municípios da região) voltará a viver esse pesadelo a partir da próxima segunda-feira (dia 15).
A região de Caxias do Sul teve a bandeira alterada de laranja para vermelha no modelo de distanciamento controlado adotado pelo governo do Estado, o que impedirá o funcionamento do comércio varejista não essencial.
Tão logo ficaram a par das novas medidas de restrição, na noite de sábado (13), entidades ligadas ao comércio local se pronunciaram sobre o sinal vermelho para o risco alto de contágio da doença.
O Sindilojas de Caxias alerta os comerciantes para obedecer à determinação de fechar os estabelecimentos, a partir de segunda, por pelo menos 15 dias, até nova atualização da bandeira estabelecida pelo governo do RS.
Isso porque não é possível prever se a bandeira vermelha permanecerá por mais de duas semanas, uma vez que essa definição é resultado da capacidade de atendimento da rede de saúde diante do aumento de casos da Covid-19. O monitoramento é semanal e a divulgação das bandeiras ocorre aos sábados, com validade a partir da segunda-feira seguinte.
A presidente do Sindilojas, Idalice Manchini, reforça que essa orientação tem validade até nova ordem do governo do Estado, que dispõe sobre o distanciamento controlado:
"Já passamos por isso antes e agora precisamos enfrentar esse novo momento com resiliência. Preservar a vida de todos e manter os nossos negócios é o maior desafio desse momento", analisa a executiva, sócia de uma rede de lojas do setor da moda.
Comércio representa 28% do PIB de Caxias do Sul
A CDL de Caxias do Sul também se manifestou sobre a decisão, lamentando os efeitos negativos que esta nova rodada de restrições trará à economia. Em nota, a entidade reitera “a importância deste setor para o município, que representa 28 mil empregos formais, distribuídos em 19 mil lojas registradas. O comércio movimenta R$ 2,1 bilhões anualmente e representa 28% do PIB de Caxias do Sul.”
Para evidenciar a dificuldade de sustentabilidade do segmento, a entidade salienta que 60% dos 4,3 mil associados da CDL Caxias do Sul são micro e pequenos empreendimentos e que deverão ser os mais afetados com a alteração de bandeira e com mais um período de portas fechadas para o atendimento ao público.
