POR SILVANA TOAZZA
Chegar aos 45 anos de história alcançando a marca de quase 8 mil imóveis entregues na Serra Gaúcha e Região Metropolitana de Porto Alegre é um marco para poucas construtoras. A Viezzer Engenharia, empresa caxiense, se orgulha da consolidação nesse concorrido mercado, com mais de 655 mil metros quadrados de obras construídas em Caxias do Sul, Farroupilha, Canela e Canoas.
Até 2025, a Viezzer Engenharia deve entregar quatro novos empreendimentos: dois em Caxias e dois em Canoas, além de três novos projetos a serem lançados em breve.
A seguir, entrevista exclusiva com Oliver Chies Viezzer, 44 anos, diretor de Incorporações da Viezzer Engenharia, engenheiro civil graduado pela UFRGS, com MBA em Gestão da Construção Civil e Negócios Imobiliários pela FGV:
O que a Viezzer Engenharia tem a comemorar nesses 45 anos de história?
Oliver Chies Viezzer: Ter conseguido unir a experiência e solidez com a inovação e a sustentabilidade. Com o trabalho do qualificado grupo de colaboradores, a empresa foi se atualizando aos novos desafios de mercado sem abrir mão dos princípios e valores estabelecidos pelo seu fundador (seu pai, o engenheiro civil Olivir Hilário Viezzer, atual diretor-presidente da empresa). Agradecemos a todos que contribuíram conosco nesta longa história de desafios e de conquistas.
Quais foram os principais desafios?
Enfrentamos diversas crises, com os mais diversos motivos, sem perder a motivação de empreender. E temos o desafio constante de projetar e lançar empreendimentos com visão de futuro. Nossos empreendimentos levam cerca de cinco anos, entre o início da concepção e a entrega. Eles precisam estar adequados ao modo de vida dos clientes na sua entrega, e esse é um grande desafio. Estamos percebendo mudanças de hábitos de consumo mais rápidas na sociedade e que, aliadas às constantes inovações tecnológicas, alteram o modo de viver de nossos clientes.
Qual é a diferença entre o mercado de hoje e lá no início?
O mercado no início era muito mais restrito. Era muito mais difícil adquirir um imóvel, pois o financiamento imobiliário era praticamente inexistente. Além disso, a população era muito menor. Hoje, temos oferta de crédito imobiliário com taxas de juros acessíveis, extenso prazo de pagamento e até subsídio para determinada faixa de renda adquirir o seu imóvel. Essas facilidades também trouxeram mais empresas para o setor, aumentando a concorrência.
Como avalia 2022? O mercado está retomando? Será um ano de crescimento?
Nosso mercado foi muito impactado pela inflação dos materiais nestes últimos dois anos. Ela já demonstra sinais importantes de estabilização. Essa estabilização da inflação do segmento, associada ao aumento na procura por imóveis e ao recorde de contratação de financiamento imobiliário ocorrido no mês de julho, nos fazem acreditar que teremos um ano de crescimento.
Quais os projetos da empresa para o futuro?
Temos diversos projetos em andamento para as cidades de Caxias do Sul e Canoas, porém, ainda não podemos revelar detalhes. O importante é que serão lançamentos bem localizados, modernos e certamente excelentes opções de investimento.
A escassez de insumos tem afetado a Viezzer?
A escassez de insumos nos fez antecipar compras e aumentar nossos estoques para que nossos cronogramas não fossem afetados. Porém, são decisões que impactam nos investimentos da empresa. Lançamentos foram suspensos em função da escassez e inflação dos insumos.
Quantos empregos a empresa gera? Há escassez de mão de obra?
Geramos cerca de 400 empregos entre funcionários diretos e indiretos. Diferentemente de outros momentos em que já atravessamos, não temos enfrentado escassez de mão de obra. Somos muito gratos aos nossos colaboradores e parceiros, pois enfrentaram essa pandemia histórica com muita coragem, responsabilidade e dedicação.
Que tipo de imóveis o público busca?
Imóveis modernos e funcionais, com infraestrutura de lazer, com preocupação com sustentabilidade e que tenham o seu valor adequado à sua realidade financeira.
Que dicas daria a jovens empreendedores preocupados com o cenário econômico?
Um olhar mais dedicado aos interesses do cliente e nas mudanças que as crises podem impactar. Prestar atenção no conteúdo e não nas manchetes.
Leia também:
Construtora entrega residencial de R$ 30 milhões com conceito de "morar bem"
