POR SILVANA TOAZZA
Ser proprietário de um carro elétrico exige planejamento e conhecimento de autonomia para que o automóvel torne-se não apenas um meio de locomoção na cidade, mas possa ser utilizado em viagens até para países vizinhos. Circular com o veículo elétrico garante comodidade e economia no bolso. Porém, é preciso organização e planejamento.
O empresário caxiense Paulo Magnani é um entusiasta de novas tecnologias. As que envolvem eletricidade vão além de apenas um hobby, sendo parte intrínseca à sua profissão, como diretor geral da Magnani Luz e Energia – com matriz em Caxias do Sul e filial em Torres –, que fornece estações de recarga elétrica e capitaneia a 1ª Rota do Veículo Elétrico do RS.
De posse de seu automóvel Volvo 100% elétrico recém adquirido, Seu Paulo aproveitou o período de verão para empreender uma viagem de lazer e estudo cruzando o Rio Grande do Sul, passando por Santana do Livramento, na Fronteira Gaúcha, e chegando a Rivera, no Uruguai.
Pausa em Santa Cruz do Sul, na estação de recarga da Lisaruth Padaria e Confeitaria
“Tornou-se uma viagem prazerosa, com paradas, menos estresse e riscos. A tecnologia embarcada é fantástica. Impressiona como o carro é silencioso, confortável e inteligente. Basta montar uma estratégia para recarregar o veículo elétrico que a viagem torna-se não só possível, como interessante”, destaca o executivo.
A viagem de lazer foi pontuada por paradas estratégicas para recarga elétrica do seu veículo. Antes de partir, Paulo Magnani garimpou, por meio de aplicativos, quais seriam os eletropostos propícios às pausas, enquanto tomava um café, olhava recados no celular e respondia e-mails.
O percurso também serviu de estudo, pois, como atua no setor de infraestrutura para mobilidade elétrica, precisa ter informações para municiar o público, até porque o tema “mobilidade elétrica” ainda é incipiente no país. A percepção é uma só: é viável, sim, ter um veículo elétrico não apenas para locomover-se no perímetro urbano, mas também para empreender viagens mais longas. Porém, um planejamento prévio torna a viagem um verdadeiro passeio.
A necessidade ainda é vital nesse momento, pois, no futuro, será tão comum deparar com uma estação de recarga elétrica quanto hoje com um posto de combustíveis. Isso porque a demanda por veículos eletrificados vem crescendo de forma acelerada no Brasil e no mundo – com avanço de 80% no país em 2023 –, o que impulsionará com rapidez a instalação de sistemas de recarga, sendo um atrativo extra de postos de conveniência, shoppings, restaurantes, entre outros estabelecimentos. Sem contar que também será uma fonte de diversificação de renda, pois muitos locais já dispõem de sistema conectado para cobrança da energia elétrica utilizada nas plataformas de recarga elétrica.
Campus da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM integra a Rota do Mercosul
Paulo Magnani nos convida a uma carona para circularmos com ele por essa viagem, “uma verdadeira experiência”, e acompanharmos o que ele apurou na sua investigação:
O roteiro começou com o veículo 100% carregado, partindo de Torres (RS), com paradas em Gravataí (na Freeway, Posto da Rede SIM), Santa Cruz do Sul (Lisaruth Padaria e Confeitaria), Santa Maria (Campus da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, projeto integrando a Rota do Mercosul), chegando em Rivera (Rivera Casino e Resort, no Uruguai). No retorno a Torres, as pausas para recarga ocorreram nos mesmos pontos da ida. Seu Paulo parou em mais pontos do que o necessário com o objetivo de conferir as estruturas.
Ao chegar em outro país, é preciso a adaptação para um plug adequado de recarga, algo fornecido pelo hotel onde Seu Paulo se instalou, mas que, pelo seu conhecimento, já tinha carregado na mala, assim como um carregador elétrico portátil, para casos de emergência. Encontrou em Rivera mais um ponto de recarga junto a um grande mercado.
Em alguns pontos, a recarga é gratuita. Em outros, já há cobrança de tarifa, com o cálculo levando em conta a quantidade de energia consumida. Em alguns casos, há aplicativos próprios a serem utilizados.
Há carregadores rápidos (AC, de oportunidade) para recarga quando houver uma ocasião propícia, mas o ideal para diminuir o tempo de recarga e ampliar a autonomia veicular é buscar os ultrarrápidos (DC, comerciais), duas vezes mais ágeis na restituição de energia elétrica.
A autonomia máxima do veículo é de 450 quilômetros, porém, sugere-se jamais deixar o carro elétrico na linha abaixo aos 20% de recarga, pois é considerada uma “faixa crítica”, o que prejudica a bateria e demora muito mais a ser recarregada.
O ideal ainda não é recarregar 100%, e sim no limite de 90%, também por motivos de cuidado e preservação com a bateria, pois os extremos a forçam mais. No painel do veículo é possível acompanhar essas métricas.
Sempre pesquisar antes pelos aplicativos se as estações de recarga (eletropostos) estão funcionando. No caso da viagem de Paulo Magnani, foi identificado antes que a estação de recarga situada em Osório estava fora de operação, exigindo que ingressasse uma parada em Gravataí no planejamento.
Assim como no veículo a combustão, dirigir com constância de velocidade garante consumo mais moderado de energia elétrica.
Mesmo se todos os pontos cobrassem por energia elétrica, o custo não ultrapassaria 20% do gasto ao comparar com uma caminhonete a diesel, cuja viagem ida e volta RS-Uruguai demandaria quase R$ 1 mil (1,4 mil quilômetros). Isso sem contar o quanto essa nova matriz energética deixa de agredir o meio ambiente.
Paulo Magnani sugere que os proprietários de carros elétricos também invistam em um sistema de recarga em casa ou sugiram a adaptação do prédio onde residem para agregar a nova tecnologia, pois isso permite que “enquanto a pessoa dorme ou descansa à noite, o carro fique sendo recarregado”. Isso traz tranquilidade ao condutor e diminui o tempo gasto à procura de estações de recarga que, caso haja outro veículo na frente, exige maior tempo de espera. Normalmente, cerca de 40 minutos já garantem um bom nível de carga, em caso de equipamentos mais potentes (DC).
O empresário alerta para a necessidade de contratar uma empresa capacitada para a instalação de carregadores elétricos, a exemplo da Magnani, pois é algo que exige conhecimento técnico e precisa oferecer 100% de segurança. Sem a devida atenção, o sistema pode causar sérios riscos aos veículos, baterias, prédios e condutores, inclusive em caso de temporais.
Já há formas de instalação de usinas de recarga elétrica em prédios com tecnologia para medições individuais dos moradores, pois não seria justo que todos arcassem com o custo de eletricidade de quem possui um carro elétrico.
Curiosidade: Para ter um diagnóstico mais preciso da mobilidade elétrica, Paulo Magnani já prepara para os próximos meses uma incursão com o seu novo veículo eletrificado para outros destinos no Uruguai: Chuy e, quem sabe, chegar até Montevidéu.
Estação de recarga instalada na BR-101, junto ao Posto Terra Nova, em Torres
1ª Rota Elétrica do RS
A saber: a Magnani Luz e Energia capitaneia, em parceria com a WEG, a 1ª Rota do Veículo Elétrico do Rio Grande do Sul, com nove estações instaladas em pontos comerciais estratégicos da Serra Gaúcha e do Litoral Norte. A última foi inaugurada na BR-101, junto ao Posto Terra Nova, em Torres, no modelo “Station”, o mais potente de eixo elétrico.
Ponto extra: o aplicativo PlugShare (entre outros) apresenta um mapa sinalizando as estações de carregamento próximas à região por onde está circulando o motorista do carro elétrico.
Os estabelecimentos interessados tanto em patrocinar o projeto, ganhando visibilidade em marketing, quanto em receber um carregador elétrico na rota, podem contatar a Magnani Luz e Energia pelo telefone/WhatsApp (54) 4009.5255
MAGNANI LUZ E ENERGIA
Caxias do Sul: Avenida Rubem Bento Alves, 4.188, bairro São José, Perimetral Norte
Telefone: (54) 4009-5255
Torres: Avenida Barão do Rio Branco, 876, centro de Torres
Telefone: (51) 3626-2988 | whats: (51) 99146-3181
Acesse www.magnani.com.br
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