O Amazonas enfrenta uma seca histórica, o que torna inviável o transporte fluvial e leva empresas da região a buscarem alternativas mais rápidas e eficazes para manter suas produções.
Nesse tabuleiro de xadrez econômico e climático, uma empresa caxiense faz a diferença com sua expertise em logística. A Vésper Cargas Expressas entrou em cena e está viabilizando uma operação estratégica para uma grande montadora automotiva (por questões de sigilo contratual, o nome não é revelado).
Dessa forma, realiza o transporte aéreo de itens eletrônicos e acessórios automotivos, essenciais para a produção de veículos. Para fornecer o serviço, a empresa caxiense participou de um BID (Bidding Process), processo de concorrência/licitação para fornecer bens ou serviços, apresentando uma alternativa para o transporte dos materiais. Foi aprovada. Não é algo simples. Exige estratégia e tática:
“Estamos falando de uma operação extremamente complexa e de grande volume, com o transporte diário de 14 a 20 pallets, o equivalente a aviões cargueiros de 20 a 50 toneladas”, explica Jorge Marchett Junior, gerente Operacional da Vésper.
Expansão da equipe
Com essa nova demanda, a Vésper precisou expandir seu quadro de colaboradores em oito postos de trabalho para dar conta do volume crescente de trabalho, que já vinha em ascensão nos últimos anos, sendo que a empresa projeta um aumento contínuo.
"Nos deparamos com uma operação extremamente difícil, mas, mesmo assim, estamos nos adaptando às necessidades emergenciais da montadora. Chegamos a transportar até 370 pallets em uma única semana, algo que exige uma eficiência impecável e grande esforço de toda a equipe", destaca o executivo.
A operação tem previsão de duração de quatro meses, tornando-se essencial para mitigar os impactos da seca na cadeia produtiva automotiva, garantindo que a montadora possa continuar sua produção sem grandes interrupções.
Estiagem afeta portos
Os navios que possuem calado (parte debaixo d'água) de 10 a 12 metros não conseguem atracar nos portos de Manaus, sendo necessário redirecioná-los para Itacoatiara (AM), cerca de 270 km de distância da capital, onde são utilizadas balsas de menor porte para o transporte fracionado das cargas.
Esse processo, no entanto, é lento e altamente fracionado, o que prejudica a agilidade do transporte de mercadorias para a capital amazonense, sendo necessário buscar soluções emergenciais como a assumida pela Vésper em outro modal: o aéreo.