Testemunhas e, muitas vezes, protagonistas da história, elas destacam uma arquitetura impressionante, traduzem a identidade cultural de uma localidade e revelam a fé de um povo. Produzido pela Conceitoh Filmes e com estreia prevista para dezembro, o documentário “Igrejas Centenárias” reúne 80 igrejas, paróquias e capelas, principalmente do interior de Caxias do Sul e de Farroupilha, para revelar a importância desses templos católicos na formação do senso de comunidade na região da Serra Gaúcha.
O interior das capelas reserva surpresas inesperadas (Foto: Bernardo Tolardo)
Terminada a fase de captação das imagens e dos depoimentos, a equipe se concentra na etapa de edição do material. Foram três meses de visitas, mais de cinco mil quilômetros percorridos e 38 entrevistas para resgatar a herança trazida pelos imigrantes italianos.
O resultado é um trabalho que traz insights sobre o desenvolvimento da religião e da sociedade ao longo dos anos. A estreia do documentário está prevista para ocorrer em dezembro deste ano.
Cada templo apresenta peculiaridades únicas (Foto: Bernardo Tolardo)
Essas estruturas oferecem uma visão única do passado e continuam a desempenhar um papel relevante na sociedade contemporânea como locais de culto, turismo e preservação do patrimônio. Além do valor como patrimônio histórico, as igrejas centenárias têm um significado pessoal e espiritual para muitas pessoas.
A direção e o roteiro são de Luciano Silva. Adri Tolardo é produtora e atriz. Direção de arte e fotografia a cargo de Bernardo Tolardo e os cinegrafistas são Leonardo Vidor e Robson Ramos. O documentário foi viabilizado via Lei de Incentivo à Cultura (LIC) Estadual.
Adri Tolardo produziu e Luciano Silva dirigiu a obra (Foto: Bernardo Tolardo)
CURIOSIDADES
Quatro dos 80 templos visitados estavam em reforma.
Na divisa de Flores da Cunha e Caxias do Sul, o altar da igreja situa-se em território florense, enquanto os bancos para os fiéis estão no lado caxiense.
No distrito caxiense de Santa Lúcia do Piaí, a igreja também funcionava como escola e, até hoje, conserva de um lado os bancos para os fiéis e no outros as carteiras escolares, da década de 1940 e 1950.
Ao fundo de uma das igrejas, há um cemitério, onde as pessoas brancas eram enterradas na parte cercada e as negras na área externa do muro.