Fechado há quase um mês, o comércio em geral vive nesta quarta-feira (15) o seu Dia D, de novos decretos. A grande expectativa do varejo é saber se, encerrado o prazo de não abertura das lojas pelo governo gaúcho a todos os municípios para conter o avanço do coronavírus, a medida será flexibilizada.
Atento aos dados científicos sobre a doença e à estruturação de hospitais para seu enfrentamento, o governador Eduardo Leite anunciará agora à tarde, às 15h, os resultados da pesquisa em parceria com a Universidade Federal de Pelotas referente à aplicação de testes para a detecção da Covid-19 no RS.
Logo após, em coletiva com número limitado de jornalistas no Palácio Piratini, informará o novo decreto com restrições (ou flexibilizações) para evitar a disseminação no Rio Grande do Sul. O ato também será transmitido pelas redes sociais do governo do RS.
Com isso, o comércio aguarda com ansiedade essa nova determinação, que posteriormente terá de ser atualizada por meio de decretos municipais.
No momento, salões de beleza, barbearias e restaurantes tiveram a norma flexibilizada, com a autorização do governo do Estado para que os municípios pudessem definir sobre o funcionamento desses setores. Na semana anterior à Páscoa, lojas de chocolate também foram liberadas a atender até o último sábado.
Desde o início das medidas, setores essenciais, como farmácias e supermercados, integram as normas de exceção, sendo acompanhados posteriormente por outros segmentos.
A indústria e a construção civil também tiveram flexibilização do decreto, e estão liberadas para voltar a atuar desde a semana passada. Em Caxias do Sul, o setor fabril no momento só pode atuar com 25% do contingente de trabalhadores.
O comércio em geral, no entanto, sente-se com tratamento desigual e pede o retorno de forma gradual às atividades. O Sindilojas de Caxias ingressou na terça-feira (14) no Fórum com uma ação judicial solicitando a reabertura emergencial das lojas, sob risco de colapso econômico e demissões. A acompanhar as definições a serem divulgadas ao longo deste Dia D.
A saber: no Rio Grande do Sul, 87% das lojas teriam até nove funcionários, portanto, são familiares e de pequeno porte, alegando não terem condições de se manterem no mercado se as restrições permanecerem no mesmo âmbito.