Os 12 jurados incumbidos de julgar o caso do ex-policial Derek Chauvin, que assassinou o norte-americano George Floyd em maio do ano passado, chegaram a um veredicto na tarde desta terça-feira, 20 de abril: CULPADO nas três acusações a que foi submetido. Ele era acusado de assassinato não intencional em segundo grau, assassinato em terceiro grau e homicídio culposo na morte de George Floyd. O juiz leu o veredicto às 18h (horário de Brasília) desta terça-feira.
Juiz informou que a sentença será divulgada daqui a oito semanas.
As deliberações do júri levaram cerca de 24 horas, tendo se iniciado na tarde de ontem, após encerrado o processo no tribunal do júri, em Minneapolis, cidade onde o crime que chocou o mundo aconteceu. Na segunda-feira, promotores e advogados de defesa do ex-policial fizeram suas argumentações finais, antes de o júri se recolher a um hotel para dar início às deliberações que culminaram no veredicto. A decisão foi tomada em um tempo relativamente rápido, uma vez que analistas experientes esperavam o veredicto somente a partir de quarta-feira, dia 21.
Chauvin era acusado de assassinato não intencional em segundo grau, assassinato em terceiro grau e homicídio culposo na morte de George Floyd em 25 de maio de 2020. O ex-policial havia se declarado inocente frente ao tribunal.
George Floyd foi morto em 25 de maio de 2020
RELEMBRE O CASO
George Floyd (1973 – 2020) era um cidadão norte-americano afro-descendente que foi assassinado no dia 25 de maio de 2020, aos 46 anos, em Minneapolis (Minnesota, EUA), durante uma abordagem policial. Ao sair de um supermercado, foi acusado pelos atendentes de ter tentado passar uma nota falsa de 20 dólares, o que ocasionou sua detenção no meio da rua por uma equipe de policiais.
Já algemado e imobilizado, Floyd foi derrubado no chão ao lado da viatura da polícia e acabou estrangulado pelo policial branco Derek Chauvin, que ficou com os joelhos sobre seu pescoço e suas costas por nove minutos e 29 segundos, apesar de ele repetir reiteradamente, por 27 vezes, que não conseguia respirar. Chauvin manteve-se ajoelhado sobre o corpo imóvel de Floyd ainda durante três minutos após sua pulsação ter cessado.
A cena foi filmada por diversas testemunhas, rodou o mundo, causou comoção e protestos violentos durante semanas nos Estados Unidos e em outras partes do planeta, questionando o problema do racismo estrutural, que não é característica exclusiva da sociedade norte-americana.
"Não consigo respirar"! Floyd implorou pela vida 27 vezes