A caxiense Brave, única empresa gaúcha a apostar no mercado de aeronaves compartilhadas, alça mais um importante voo em sua trajetória ascendente. Com apenas três anos de história, comemora a chegada do seu primeiro jato, num investimento de R$ 18 milhões. Trata-se do dobro do valor aplicado em cada um dos outros três aviões.
"O Phenom 100 da Embraer é um VLJ (Very Light Jet) que nos coloca entre as maiores empresas de aviação executiva do Brasil, simbolizando o início de um novo tipo de operação e a entrada em novos mercados", afirma Carlos Bertotto, um dos sócios.
Desde os primeiros voos em 2019, a companhia dobra o faturamento a cada ano, e espera adquirir mais três aeronaves até o final de 2022, mais do que duplicando a frota, além de iniciar uma nova base operacional em Passo Fundo (RS).
"Hoje temos atividades em Caxias do Sul, Porto Alegre e São Paulo", salienta o executivo.
Os sócios da Brave, Carlos Bertotto e André Tessari (foto: Luciana Fraga)
Esse primeiro jato, comprado por um grupo de empresários gaúchos, consegue atingir distâncias maiores do que os outros modelos da frota.
"Podemos operar em grande parte da América do Sul, voando a velocidades que superam os 700km/h", expressa o outro sócio, André Tessari.
Entre os benefícios que atraem os empresários para compartilhar aeronaves, além da economia de mais de 70% em relação aos custos de comprar um avião sozinho, é a redução de tempo perdido com aviões atrasados, salas de embarque, esteiras de bagagem, noites mal dormidas em hotéis e deslocamentos entre os grandes aeroportos e as cidades do interior.
Como funciona
A Brave forma grupos de pessoas ou empresas que adquirem uma aeronave e passam a compartilhá-la. A gestão total do processo e a operação são realizadas pela Brave. A companhia oferece três opções de aeronaves com capacidade de três a seis passageiros, com cotas a partir de R$ 600 mil. Os custos fixos de piloto, hangar e seguros são cobertos por mensalidades que variam entre R$ 5 mil e R$ 38 mil.
"O cliente pode viajar para qualquer cidade da América do Sul na qual haja aeroporto, de acordo com agendamento feito pelo site ou aplicativo", afirma Bertotto.
Esse negócio de aeronaves compartilhadas, também chamado de fractional ownership, já funciona nos Estados Unidos desde a década de 80 e no Brasil, que hoje tem a segunda maior frota de aeronaves do mundo, o modelo chegou há 11 anos.
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