Com 40 anos completados em 2022, a Chocolate Gramadense foi afetada duramente no período da pandemia e precisou se reinventar para superar a enorme crise econômica e manter as portas abertas.
Até então, uma das marcas pioneiras do chocolate caseiro de Gramado tinha seu foco total no segmento corporativo e feiras. Essa estratégia de negócios ruiu logo nos primeiros meses da pandemia do Coronavírus com todos os pedidos sendo cancelados pelas empresas parceiras e sem previsão de retomada. Um grande estoque da produção também ficou estagnado.
Além do enorme impacto econômico, a empresa sentiu na pele os efeitos devastadores da Covid-19 quando seu fundador, Altanísio Ferreira de Lima, morreu por complicações causadas pela doença, em maio de 2021, aos 69 anos.
Loja recebeu investimento de R$ 2 milhões
O filho de Altanísio, Ezequiel Dias de Lima e sua esposa, Danúbia Lima, que há muitos anos faziam parte da gestão, precisaram tomar decisões para enfrentar o momento delicado. Os empresários decidiram, então, manter a atenção ao corporativo que retomava lentamente e, ao mesmo tempo, focar maior atenção ao turista.
O único espaço físico, além da fábrica, era um showroom de 12 m². Surgiu a ideia de criar uma loja temática em anexo à fábrica, localizada fora da área central de Gramado, no bairro Floresta. Um grande empreendimento temático, com minifábrica, café e mais de 300 produtos próprios para a venda. Resultado: com mais de R$ 2 milhões em investimentos, a loja de 500 metros quadrados foi inaugurada em novembro de 2021 e hoje é uma das mais visitadas de Gramado.
Refazer a rota e buscar saída
Hoje, a loja recebe em média 30 mil visitantes ao mês. A produção de chocolate só aumenta e a produção chega a 1,5 toneladas por dia. São mais de 70 colaboradores diretos trabalhando diariamente na produção e na loja temática.
"Acredito que a pandemia mudou definitivamente a vida de todos nós brasileiros. As perdas familiares, retração de mercado, crise econômica. Tudo isso nos trouxe muitos desafios, mas também um enorme aprendizado de que mesmo em momentos difíceis podemos refazer a rota e buscar saídas. E foi o que fizemos aqui no Chocolate Gramadense. Arregaçamos as mangas e buscamos uma solução para um cenário que parecia impossível de superar", relata o diretor, Ezequiel Dias de Lima.