Por SILVANA TOAZZA
Neste Dia do Trabalhador, o que temos a comemorar? Em Caxias do Sul, o copo é meio cheio e meio vazio. Meio cheio, pois, no ano, a cidade acumula a geração de um saldo de 4.379 empregos formais (resultado entre admissões e demissões). Meio vazio, pois, em 12 meses, o município perdeu um volume de 1.771 vagas, reflexo direto das restrições provocadas pela pandemia.
O que isso significa? Que, apesar de a Covid-19 ainda preocupar e exigir medidas de cautela, a economia deu sinais de retomada. Em março, a indústria caxiense respondeu por 649 vagas (das 814 oportunidades criadas) – nesse mês, só o ramo agropecuário encerrou empregos. No primeiro trimestre, o segmento fabril local gerou 2.510 vagas do saldo de 4.379 postos formais. A indústria está na dianteira da recuperação, o que deve impactar positivamente outros setores como o comércio e os serviços.
Com isso, Caxias do Sul chega ao Dia do Trabalhador com um exército de 152,4 mil empregos formais. Esse número já foi bem maior. Em 2015, eram 165.560 trabalhadores formais. Em seis anos, perdemos 13 mil oportunidades. Nem tudo é culpa do coronavírus. Já viemos de outras crises econômicas. Agora, palavras como força, reinvenção, esperança e, principalmente, muito trabalho ganham espaço no vocabulário de todos nós, os trabalhadores.
A saber: os dados foram divulgados pelo Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul (UCS), com base em informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).