Caxias do Sul é um polo automotivo pesado. Caxias do Sul tem liderado o movimento em favor da tecnologia e da inovação. O que dizer, então, quando as duas verdades se encontram? Nesse contexto de um ambiente propício, a cidade é berço para o desenvolvimento de uma tecnologia que combina grafeno e nióbio para a elaboração de peças para atender, com características aprimoradas, a indústria automotiva.
Lideram esse movimento a UCSGRAPHENE, planta de produção, caracterização e aplicação de grafeno da Universidade de Caxias do Sul, e as empresas parceiras ZextecNano e Znano.
No momento, a união do grafeno – material à base de carbono considerado o mais leve e resistente que existe – com o metal nióbio, que apresenta aplicações industriais e comerciais, com abundância de reservas no país, é tema de estudos e pesquisas. O propósito é o desenvolvimento de um superpolímero a partir da combinação entre os materiais, composição com vistas à elaboração de peças técnicas e estruturais para atender à indústria automotiva leve e pesada, a fim da resolução de problemas poliméricos de alta resistência no segmento.
Segundo o coordenador da UCSGRAPHENE, professor Diego Piazza, e o diretor da Zextec, Hugo Sousa, a interação entre os compostos poderá aprimorar características das peças que contarão com a aplicação – em baterias, por exemplo, o ganho seria em dimensão, rendimento e durabilidade; chapas poderiam ser mais leves e com resistência ampliada.
Como vantagem para a iniciativa, a estrutura da UCSGRAPHENE – junto aos demais laboratórios de pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico de toda a Universidade, e a partir da atuação do centro de tecnologia e equipe técnica das parceiras Zextec e Znano – integra pesquisa e produção de compostos, o que reflete na rápida realização de testes e desenvolvimento de protótipos.