A residência do futuro está sendo alicerçada em Caxias do Sul, a partir da combinação de itens sustentáveis: o grafeno (derivado do carbono) e resíduos de plástico 100% reciclados, que originalmente iriam para o lixo. O resultado é a criação de um super plástico, ultra-resistente.
Quem assina a novidade da casa sustentável é a UCSGRAPHENE, planta de produção, caracterização e aplicação de grafeno da Universidade de Caxias do Sul, em parceria com a Zextec Nano.
"Fizemos um aditivo com grafeno, que é misturado com o resíduo, e resulta nisso. O grafeno adiciona propriedades mecânicas, anti-UV e bactericidas", explica o diretor da Zextec Nano, Hugo Sousa, empresa parceira dos projetos da UCSGRAPHENE.
Ou seja, a iniciativa busca dar uso a resíduos cujo destino seria o aterro. Para compor o primeiro protótipo da casa sustentável, é preciso avançar na fabricação do telhado a partir do material. As inovações no desenvolvimento de soluções vinculadas à sustentabilidade têm sido um dos focos de trabalho da UCSGRAPHENE e da Zextec Nano.
"A aplicação de grafeno, associada à sustentabilidade na construção civil, tem despertado o interesse das empresas e da sociedade de um modo geral. Existem outros desenvolvimentos tecnológicos neste âmbito, que, por questões de sigilo, ainda não podem ser divulgados", pontua o coordenador da UCSGRAPHENE, professor Diego Piazza.
A saber: grafeno é o material à base de carbono considerado o mais leve e resistente do mundo, tido como o material do futuro. Ele é uma espécie de folha finíssima, constituída por carbono, e tem a espessura de um átomo.