Mais uma vez, o governador Eduardo Leite voltou atrás no mapa preliminar que inseria a região de Caxias do Sul na cor vermelha. A partir de recurso apresentado por prefeitos e entidades, como a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), os 49 municípios da região de Caxias do Sul se mantêm na bandeira laranja a partir desta terça-feira (dia 7).
A revisão da decisão do governo gaúcho, que recebeu recurso da região e o submeteu à análise do Comitê de Crise, permite que a região continue na cor laranja e o comércio não essencial se mantenha aberto, seguindo as regras de distanciamento e higiene.
O governador Eduardo Leite pediu a colaboração de todos para reduzir o contágio e justificou que a Serra foi beneficiada pela oferta de leitos hospitalares:
"Apesar do crescimento de internações, o aumento da oferta de leitos de UTIs na região de Caxias do Sul foi fundamental para que possamos acompanhar esse cenário", afirmou.
A volta atrás representa um alento ao varejo de Caxias, já que, com o fechamento de lojas, o setor deixa de faturar R$ 3,3 milhões por dia, representando uma queda de 53% nas comercializações, aponta a CDL a partir de dados calculados com base nos números de arrecadação do ICMS.
Apenas no comércio, que é responsável por 28% do PIB de Caxias do Sul, mais de R$ 186 milhões deixaram de ser arrecadados ao longo desses mais de 100 dias de medidas contra a pandemia e, até maio, quase 1,4 mil empregos formais foram extintos.
Em Caxias, decreto do prefeito Flávio Cassina já impede o funcionamento de mercados e shoppings nos domingos (com validade desde o dia 28 de junho).