POR MARCOS FERNANDO KIRST
Ainda bem que o negócio foi anunciado com boa antecedência, permitindo que a gente vá reservando os trocados desde agora. Porque, ao que tudo indica, não vai custar barato. Mas, ao que tudo indica também, valerá a pena cada real investido (cada bitcoin, falando em “modernês”).
Problema mesmo é controlar a ansiedade, mas, tudo bem, o tempo, como sabemos por experiência própria, voa, e novembro está logo ali, basta ir virando as folhinhas do calendário instalado sobre a escrivaninha (droga, olhei de novo e continuamos estacionados em março...). Até chegar a data prevista de 21 de novembro, o negócio é ir fazendo o aquecimento escutando algumas das canções de Paul McCartney, sempre uma excelente trilha sonora para iluminar nossos dias mais sombrios, conversar com a alma, apaziguar angústias, temperar as horas dos dias.
Isso porque o eterno Beatle anunciou que lançará, naquela ocasião, uma caixa contendo um livro em dois volumosos volumes, dedicados a palmilhar todas as 154 canções que ele já lançou em sua longeva carreira artística, de 1956 até os dias de hoje (ou seja, dos 14 anos até os atuais 78, sendo que terá 79 em novembro). “As Canções: 1956 até o Presente”, é o título do trabalho, que trará as letras das músicas acompanhadas de textos explicativos sobre cada uma, seu processo de composição e o momento de vida pelo qual Paul passava na época.
“Mais frequentemente do que consigo contar, me perguntam se eu escreveria uma autobiografia, mas o momento nunca foi certo. A única coisa que sempre consegui fazer, seja em casa ou na estrada, é escrever novas canções. Sei que algumas pessoas, quando chegam a uma certa idade, gostam de abrir um diário para relembrar seus dias, seus eventos do passado, mas não tenho diários. O que tenho são minhas canções, centenas delas, que aprendi que têm quase o mesmo propósito. E essas canções abrangem minha vida inteira”, explicou Paul recentemente, ao anunciar o lançamento do trabalho.
"McCartney III" é o mais recente álbum do roqueiro, lançado em dezembro do ano passado
O compêndio apresenta as letras em ordem alfabética (desafio aos tradutores e aos editores brasileiros, interessante de ver como será solucionado), o volume 1 de A a K e o volume 2 de L a Z. Estão ali as composições que ele fez enquanto membro das duas bandas das quais participou (Beatles e Wings) e as da carreira solo, acompanhadas de fotografias, cartas, rascunhos e memorabília suficiente para encher os olhos dos apreciadores do seu talento.
Dado o recado, agora é esperar (...droga, março ainda!!...).
Por enquanto, algumas dicas de músicas de Macca, para ir entrando no clima. SENTE OS SONS:
I LOST MY LITTLE GIRL (uma das primeiras composições de Paul, de 1956) AQUI
HELTER SKELTER (rock pesado de 1968, na fase Beatles) AQUI
MY LOVE (canção romântica de 1973, na fase Wings) AQUI
EBONY AND IVORY (sucesso em parceria com Stevie Wonder, de 1982) AQUI
FIND MY WAY (hit do mais recente disco, lançado em 2020) AQUI
Leia sobre o mais recente álbum de Paul McCartney AQUI