Por conta das medidas de contenção à Covid-19, o primeiro semestre foi de muitas dificuldades no caminho do setor automotivo pesado, que, desde 1957, não registrava um mês com produção tão baixa como em abril de 2020.
Mas as Empresas Randon realizaram movimentos importantes para preservar e reforçar o seu caixa. Com isso, a companhia caxiense fechou o primeiro semestre de 2020 alcançando a receita líquida de R$ 2,1 bilhões, queda de 13,8% sobre o desempenho de R$ 2,435 bilhões obtido no mesmo período de 2019. A performance é considerada importante diante dos desafios impostos pela pandemia.
A despeito dos números no vermelho, divulgados nesta quinta-feira (13), o conglomerado obteve no ínterim EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado de R$ 261 milhões, com margem de 12,4%.
"Ainda que os números do segundo trimestre de 2020 tenham sido aquém do planejado para o ano, foram melhores do que se esperava no início da pandemia", declara o CFO das Empresas Randon, Paulo Prignolato.
O desempenho foi impulsionado pela retomada de alguns segmentos, a partir de maio. O agronegócio foi o principal deles, se beneficiando da safra recorde, do aumento da demanda por grãos no exterior e do câmbio favorável.
A divisão autopeças ganhou impulso amparada pelo mercado de reposição e pelas vendas ao Exterior, nesse momento em que as montadoras de caminhões reduziram a demanda consideravelmente.
Pesou a favor das Empresas Randon o modelo diversificado de negócio, que abrange diferentes setores econômicos, geografias e amplo portfólio de produtos, fatores que trazem oportunidades em momentos adversos de mercado.
No segundo trimestre, a companhia reforçou seus protocolos de segurança para proteger a saúde dos funcionários e dos seus familiares e enfatizou as ações para assegurar a continuidade das operações.
"Mais do que nunca, em razão do cenário que estamos vivendo, estabelecemos como prioridade cuidar das pessoas e da sociedade. Entendemos que o momento é para cada um fazer a sua parte, e, para isso, a empresa contribuiu com ações e doações junto às comunidades. Para os próximos meses, seguiremos com o mesmo foco, não medindo esforços para garantir a segurança das equipes e a sustentabilidade da economia local e global", destaca o CEO das Empresas Randon, Daniel Randon.
Parcerias e investimentos
Ao longo do primeiro semestre, a companhia concretizou importantes movimentos. Além da aproximação das empresas Castertech e Fras-le com novos clientes no exterior, a Suspensys firmou parceria com a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), ingressando no Consórcio Modular mantido pela montadora. A operação será viabilizada dentro do complexo industrial da VWCO em Resende, no Rio de Janeiro. Na parceria, a Suspensys ficará responsável pela pré-montagem de suspensões pneumáticas para os caminhões e ônibus da Volkswagen.
No segundo trimestre de 2020, foram investidos R$ 29 milhões, com destaque para o projeto de modernização da estamparia da Randon Implementos e para a expansão de capacidade da controlada indireta Fremax. No semestre, os investimentos somaram R$ 59 milhões, e foram direcionados principalmente à manutenção e ganhos de produtividade.
