POR MARCOS FERNANDO KIRST
Uma vez que eles são um trio, decidiram se chamar O TERNO, que é sinônimo. Na ativa desde 2009, a banda paulista é uma das mais significativas expressões do atual cenário da música independente brasileira.
Significativos porque talentosos, competentes e originais. Basta escutá-los, sentir o som, para comprovar, o que você poderá fazer clicando nos links, ao final deste texto. Mas, antes, leia o texto.
A trinca do TERNO é composta por Tim Bernardes (compositor, vocalista, guitarrista e tecladista), Guilherme D´Almeida (baixista) e Gabriel Basile (baterista, que substituiu o baterista original, Victor Chaves, a partir de 2015). Fazem rock e pop, mas um rock e um pop ao estilo todo único do Terno. Nessa caminhada, já lançaram quatro discos, todos com excelente aceitação de público e crítica.
Tim Bernardes, por sinal, é filho de peixe. Seu pai é o músico e compositor Maurício Pereira, que ficou famoso no final da década de 1980 ao fundar o duo OS MULHERES NEGRAS, com André Abujamra (filho do ator Antônio Abujamra, consagrado nacionalmente no papel de Ravengar, na novela "Que Rei Sou Eu?" da Rede Globo, em 1989).
Autointitulavam-se “a terceira menor big band do mundo”. Tiveram longevidade curta (uma “curtevidade”, então, ou uma “brevevidade”?) e gravaram apenas dois discos, em 1988 e 1990, ambos seminais e inesquecíveis: “Música e Ciência” e “Música Serve Pra Isso”.
"Os Muheres Negras", banda composta por André Abujamra e Maurício Pereira, no final dos anos 1980
Maurício, aliás, é o autor de cinco das dez faixas do primeiro álbum do TERNO, intitulado “66”, lançado em 2012. Pai e filho também têm uma banda, que surge eventualmente em shows de um ou de outro, batizada de “Pereirinha & Pereirão”.
SENTE O SOM de dois hits de O TERNO
E se alguém ficou com saudades de reescutar (ou de conhecer) o som atípico dos MULHERES NEGRAS (e sua original presença de palco), então um SENTE O SOM aqui repleto de nostalgia: